Com população e tropas descontentes, Zelensky não tem ninguém a quem recorrer, exceto Putin?

Com um número crescente de ucranianos se voltando contra Zelensky, sem chance de ganhar o conflito e enfrentando a renitência da chamada "comunidade internacional", ele está ficando sem aliados e sem conseguir escapar do inferno que ele criou para seu país.

De acordo com Instituto Internacional de Sociologia pró-ucraniano (KIIS) parte dos ucranianos ainda diz que apoia Zelensky, mas esse número está caindo rapidamente, de 77% em setembro de 2023 para apenas 56% em maio deste ano.

Os autores da pesquisa, do projeto MOBILISE, especulam que a diminuição da popularidade poderia resultar da nova lei de mobilização. "O nível de aprovação de Zelensky caiu durante o inverno 2023/2024. Esta queda ocorreu junto com a introdução da nova lei de mobilização", observa o comunicado. Destaca-se também que apenas 34% dos ucranianos disseram apoiar a lei de mobilização, enquanto 52% discordaram.

Há rumores de uma lei de mobilização adicional, o que poderá agravar ainda mais a situação de Zelensky. Além disso, muitas pessoas podem não querer expressar abertamente seu descontentamento. Considerando que os entrevistados estão vivendo em um país devastado pelo conflito, sob a lei marcial e mobilização em grande escala, alguns entrevistados podem não se sentir seguros em dar respostas anti-regime aos institutos de pesquisa.

De acordo com o SVR, a situação é ainda pior nas Forças Armadas ucranianas, onde, segundo dados, a aprovação de Zelensky caiu para 17%.

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14 de junho, 16:00

"[Os ucranianos] estão sem eletricidade 80% do dia, com blecautes ocorrendo nas grandes cidades […] infraestrutura valiosa está sendo bombardeada", explicou à Sputnik o documentarista Regis Tremblay. "Eles perderam mais de 600 mil [soldados], de acordo com Douglas MacGregor e Scott Ritter, mais de 600 mil mortos com um milhão de feridos que não podem voltar para a frente. […] Este cara é um homem morto andando. É só uma questão de tempo até que ele não seja mais útil para os EUA e eles o sacrifiquem.”

Os EUA têm uma longa história de apoio e abandono de aliados, uma vez que eles não são mais úteis para eles.

"Zelensky não é mais o presidente da Ucrânia. Seu mandato terminou e agora ele é um presidente ilegítimo", observou Tremblay. Com o seu Exército insatisfeito e diminuindo cada vez mais, o povo se voltando contra ele, e seus aliados o rejeitando, Zelensky pode querer pensar sobre o que ele pode fazer para alcançar a paz.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou suas condições para iniciar as negociações, condições que os curadores de Zelensky na OTAN rejeitaram abertamente. Contudo, é fortemente recomendado que Zelensky se agarre a essa proposta.

"Acho que esse niilismo [da Ucrânia e do Ocidente] em relação às nossas propostas não permanecerá para sempre. Com certeza, algo mudará, incluindo nossas condições, dependendo da situação no terreno", disse Putin.

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