Em apenas dois meses, Putin realizou mais de 20 reuniões com líderes da Europa, Ásia, África, América Latina e Oriente Médio. Ao mesmo tempo, fez seis visitas ao exterior, relata a mídia.
Alguns desses encontros foram com antigas nações soviéticas ou vinham de Estados que compartilham com a Rússia sua oposição à política hegemônica dos Estados Unidos.
Mas outros representam países que buscaram manter uma posição neutra sobre o conflito na Ucrânia, mostrando que o diálogo do líder russo com o Sul Global como um contrapeso à ordem mundial dominada pelos EUA estão, de fato, rendendo dividendos.
Cerimônia oficial do encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, na Praça Kim Il-sung, no centro da capital do país. 19 de junho de 2024
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Em junho, o presidente russo fez sua primeira viagem em 24 anos à Coreia do Norte, onde assinou um pacto de defesa mútua com o líder Kim Jong-un, que prometeu "incondicionalmente" apoiar a Rússia na operação na Ucrânia. De Pyongyang, Putin viajou para o Vietnã, que ignorou as reclamações dos EUA sobre hospedar o líder russo.
Pouco mais de uma semana após ser empossado para outro mandato de seis anos, Putin viajou à China a fim de renovar sua amizade com o presidente Xi Jinping. Xi disse que a China "sempre esteve do lado certo da história", enquanto Pequim e Moscou se comprometeram a "fortalecer a coordenação estratégica abrangente".
Na semana passada, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, cujo país detém a presidência rotativa da União Europeia, desafiou as críticas pesadas de outros líderes da UE para ir à Rússia e ter conversas com Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião informal em Pequim, na China, em 16 de maio de 2024
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Putin se encontrou com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan pela primeira vez desde setembro do ano passado, à margem da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX). Eles discutiram o crescente turismo russo na Turquia e a usina nuclear de Akkuyu que a Rosatom está construindo no país.
Erdogan disse que a Turquia, membro da OTAN, quer "desenvolver ainda mais relações calorosas" com a Rússia, ao convidar Putin para visitá-lo "muito em breve".
Nesta semana, a visita do primeiro-ministro Narendra Modi a Moscou, sua primeira à Rússia em cinco anos, envia um sinal claro sobre a determinação da Índia em se manter próxima de Moscou em meio ao aprofundamento do abraço sino-russo.
Nova Deli continua sendo uma grande compradora de armas russas, mesmo diversificando suas necessidades de defesa e se tornando um comprador cada vez mais amplo do petróleo russo.
O presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi visitam estábulos de cavalos antes de seu encontro na residência estatal Novo-Ogarevo, nos arredores de Moscou, Rússia, 8 de julho de 2024
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Putin tem estado ocupado em casa e no exterior em outras reuniões com governantes estrangeiros desde maio.
Além de todos os citados acima, ele se encontrou com os líderes do Azerbaijão, Cazaquistão, Mongólia, Paquistão e Catar em Astana. Na Rússia, ele manteve conversas com seus colegas do Zimbábue, Bolívia, República do Congo, Cuba, Armênia, Tajiquistão e Bahrein. Putin também viajou para o Uzbequistão e Belarus para se encontrar com seus líderes.
No mês passado, ele e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, conversaram ao telefone e manifestaram o interesse em aprofundar ainda mais o desenvolvimento bem-sucedido da parceria estratégica entre os países em diversas áreas.
No horizonte do presidente da Rússia, mais diplomacia de alto nível vem vindo.
Moscou vai sediar a cúpula do grupo expandido de Estados do BRICS em Kazan em outubro. Isso provavelmente dará a Putin a oportunidade de se reunir com os líderes do Brasil, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.