Panorama internacional

Em 1º discurso após atentado, Trump prega união nacional: 'Quero ser presidente de toda a América'

O candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, defendeu, nesta quinta-feira (18), a unidade do país em discurso no último dia da Convenção Nacional Republicana 2024 em Milwaukee, Wisconsin (EUA).
Sputnik
Trump falou pela primeira vez em público desde que sofreu um atentado no fim de semana passado em um comício, quando escapou por pouco de levar um tiro na cabeça, tendo sido levemente ferido na orelha. O atirador, um jovem de 20 anos, foi morto pela polícia.

"Estou concorrendo para ser presidente de toda a América, não de metade. Não há vitória em ganhar por metade da América", declarou ele. "A cada cidadão, seja jovem ou velho, homem ou mulher, democrata, republicano ou independente, negro ou branco, asiático ou hispânico, estendo a vocês uma mão de lealdade e amizade."

O ex-presidente também rememorou os momentos da tentativa de assassinato e que uma bala disparada durante a tentativa de assassinato contra ele passou a meio centímetro de tirar sua vida:
"Como vocês já sabem, a bala do assassino chegou a um quarto de polegada de tirar minha vida. E vocês nunca mais ouvirão isso de mim uma segunda vez, porque é realmente doloroso demais contar", declarou.
Trump também expressou gratidão ao povo americano por seu "amor e apoio" após a tentativa de assassinato.

Caça às bruxas

Ele defendeu que o Partido Democrata deve parar de usar a Justiça para atacá-lo e a sua candidatura à presidência.

"Não importa os obstáculos que tenhamos que enfrentar, eles não nos dobrarão", advertiu Trump, que há algumas semanas foi considerado culpado de 34 crimes graves em Nova York por subornar para obter silêncio durante a campanha eleitoral de 2016.

"Eles precisam encerrar essa caça às bruxas. Os democratas devem parar imediatamente de usar a Justiça como uma arma. As acusações não são verdadeiras; estou salvando a democracia", acrescentou.

Paz mundial

O ex-presidente prometeu trazer a paz e a estabilidade ao mundo se for eleito presidente dos Estados Unidos em novembro.

"Sob nossa liderança, os Estados Unidos serão respeitados novamente. Nenhuma nação questionará nosso poder, nenhum inimigo duvidará de nossa força. Nossas fronteiras estarão totalmente seguras. Nossa economia vai decolar. Retornaremos a lei e a ordem às nossas ruas, o patriotismo às nossas escolas e, mais importante, restauraremos a paz, a estabilidade e a harmonia em todo o mundo", afirmou.

Segundo ele, o planeta está à beira da Terceira Guerra Mundial: "Vou resolver cada crise interna que o governo atual [de Biden] criou, incluindo o conflito entre Rússia e Ucrânia. Isso nunca teria acontecido se eu fosse presidente", voltou a afirmar ele.

Coreia do Norte

O candidato presidencial republicano também disse que terá boas relações com o líder norte-coreano Kim Jong-un se for eleito:

"Eu me dei muito bem com a Coreia do Norte, Kim Jong-un, eu me dei muito bem com ele. É bom se dar bem com alguém que tem muitas armas nucleares. Nós paramos os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte. Agora, a Coreia do Norte está agindo mal de novo, mas quando voltarmos, eu vou me dar bem com ele. Ele gostaria de me ver de volta também. Acho que ele sente minha falta", comentou.

Em 2018, Trump e o líder norte-coreano assinaram um acordo conjunto para diminuir as relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. Os dois líderes se encontraram no ano seguinte em Hanói, no Vietnã, para continuar as negociações, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre a questão das sanções dos EUA contra a Coreia do Norte. As relações entre os dois países permaneceram tensas desde então.

Imigração

Ele assegurou que, se eleito presidente, resolverá a crise migratória, à qual se referiu novamente como "invasão".
"Vou acabar com a crise da migração ilegal fechando a fronteira e completando o muro, a maior parte do qual já foi construída", advertiu.
O candidato mudou o discurso que havia preparado para o evento depois da tentativa de assassinato. O evento começou na segunda-feira (15) e ontem foi a vez do vice na chapa, James David Vance, atual senador por Ohio, discursar.
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Trump o anunciou como seu companheiro de chapa para a corrida presidencial de 2024 na segunda-feira (15).
Durante o evento do RNC, Vance aceitou oficialmente a nomeação republicana para ser o próximo vice-presidente dos EUA. A convenção termina nesta quinta-feira (18), quando está previsto um discurso do próprio Trump.

Pesquisa aponta que Trump avança em vários estados

Ontem (17), uma pesquisa conduzida pelo instituto BlueLabs, financiada pelo Partido Democrata dos EUA e obtida pela CNN, indicou que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, está perdendo apoio em 14 estados-chave.
A pesquisa revela que Trump está ultrapassando Biden no Arizona, Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, que o presidente em exercício conseguiu virar a seu favor nas eleições de 2020. Ainda segundo o levantamento, Nevada, Colorado, Minnesota, Maine, Novo México, Virgínia, New Hampshire e uma parte de Nebraska também estão perdendo a confiança em Biden.
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