Panorama internacional

MRE húngaro: 'Ucranianos vão decidir' se ilegitimidade de Zelensky é obstáculo às negociações de paz

São os ucranianos que devem decidir se o mandato expirado de Vladimir Zelensky é um obstáculo às negociações com a Rússia sobre a resolução do conflito, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, à Sputnik.
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"São os ucranianos que devem decidir. Zelensky não é o presidente da Hungria. Portanto, graças a Deus, esta questão não deveria estar na nossa agenda", declarou o chanceler.
O mandato de Zelensky como presidente eleito da Ucrânia se encerrou no dia 20 de maio. As eleições presidenciais deveriam ter sido realizadas no dia 31 de março, mas foram suspensas sob o pretexto da lei marcial. Com isso, a Constituição do país estipula claramente que o mandato de um presidente só pode durar cinco anos, após os quais devem ser realizadas eleições sem possibilidade de prorrogação do seu mandato presidencial.
No dia 14 de julho, o presidente russo, Vladimir Putin, formulou várias condições-chave para iniciar negociações de paz, em particular, que a Ucrânia retirasse as tropas dos quatro novos territórios russos (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie), desistisse de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e mantivesse a posição neutra e não alinhada e o status de Estado não nuclear; e que todas as sanções contra a Rússia fossem suspensas.
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Impacto das eleições dos EUA na Ucrânia

Em entrevista à Sputnik, Szijjarto acrescentou ainda que as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos representarão um momento decisivo para a solução diplomática da situação na Ucrânia.

"Penso que as eleições presidenciais dos EUA serão um momento decisivo nesse sentido", disse o chanceler.

Ele explicou ainda que, se o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump vencer, "haverá uma boa oportunidade para lançar negociações de paz neste ano", dado que neste caso a posição dos EUA sobre a situação mudará.
O próprio Trump declarou em mais de uma ocasião que, se eleito novamente presidente dos Estados Unidos, poria fim ao conflito ucraniano em 24 horas.
A esse respeito, a Rússia observou que o problema é complexo demais para uma solução tão simples.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial na Ucrânia, cujos objetivos são proteger a população do genocídio de Kiev e enfrentar os riscos de segurança nacional representados pelo avanço da OTAN para o Leste Europeu. Em dezembro de 2023, o presidente russo afirmou que a operação continuará até que a Rússia consiga a desnazificação, a desmilitarização e a neutralidade da Ucrânia.
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