A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deve adotar uma postura menos hostil e mais amigável no seu relacionamento com a Rússia e a China no Ártico, escreveu na segunda-feira (26) a revista norte-americana The American Conservative.
"Mesmo com a adesão da Finlândia e a Suécia à aliança da OTAN, a Rússia continuará sendo o ator mais influente no Ártico", diz ela.
A publicação escreve que nem a modernização das bases militares soviéticas na região, nem as tentativas da China de construir a Rota da Seda do Gelo representam uma ameaça suficiente para transformar o Ártico no próximo campo de batalha das grandes potências. Apesar disso, o autor avalia que a Aliança do Atlântico Norte está determinada a enfrentar a suposta ameaça na região.
O autor do artigo acredita que o Ocidente, em vez de colocar mais lenha na fogueira das relações com a Rússia, deve dar importância à manutenção dos canais de comunicação abertos com a Rússia, além de evitar crises e reduzir os riscos de conflito.
"Washington e a aliança da OTAN devem reconhecer que entrar em um confronto militar no Ártico seria extremamente caro e complexo", apontou a American Conservative.
Anteriormente, a Rússia e a China concordaram em aumentar a interação no Ártico e usar mais ativamente as oportunidades da Rota Marítima do Norte.