"Agora, quase 50% da população ucraniana está pedindo negociações para acabar com a guerra. Acho que isso se deve ao fato de estarem exaustos. Muitos ucranianos estão perdendo suas vidas. [...] A vida na Ucrânia é difícil", disse Kupchan em uma entrevista ao jornal alemão Berliner Zeitung.
Além disso, de acordo com ele, Kiev está enfrentando sérios problemas tanto no campo de batalha quanto na política externa.
A ajuda ocidental à Ucrânia está diminuindo, enquanto o Exército russo avança constantemente em direção a cidades estrategicamente importantes em Donbass.
"Tudo isso coloca a Ucrânia em uma posição em que um acordo negociado se torna uma opção real", concluiu.
Após o ataque das Forças Armadas à região de Kursk, o presidente russo Vladimir Putin descreveu como impossíveis as negociações com aqueles que atacam civis e a infraestrutura civil e tentam ameaçar as instalações de energia nuclear.
O assessor presidencial Yuri Ushakov disse mais tarde que as propostas de paz de Moscou sobre o acordo ucraniano não haviam sido canceladas, mas que a Rússia não conversaria com a Ucrânia nesse estágio, "tendo em consideração essa aventura".