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Mídia: esquema contra Alexandre de Moraes envolveu suborno e ameaça de morte à delegada federal

Um esquema de coleta de dados pessoais do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi descoberto durante uma investigação sobre tentativa de suborno e ameaça de morte a uma delegada federal, Denisse Ribeiro, de acordo com reportagem do portal de notícias UOL neste sábado (14).
Sputnik
A matéria informa que a delegada, que comandou a Operação Acrônimo, em 2015, que investigava fraude em campanhas eleitorais, recebeu ameaças a partir de um e-mail anônimo criptografado.
Em 2016, ao cumprir busca e apreensão na construtora JHSF dentro das investigações, agentes da Polícia Federal (PF), encontraram documentos que indicavam o pagamento de R$ 4 milhões entre 2010 e 2014 para um escritório de advocacia ligado a Moraes.
O caso foi arquivado, mas nova investigação da PF sobre as ameaças ao ministro do STF e a delegados identificou que os dados foram usados em um esquema de intimidação logo após o blogueiro Allan dos Santos, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e foragido nos Estados Unidos desde 2020, anunciar, em março de 2024, que pagaria US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) para provas concretas do envolvimento de Moraes na Operação Acrônimo. A PF que vinha monitorando o blogueiro, abriu um inquérito.

"Em 2024, um e-mail anônimo assinado por Tacitus usou esses dados para tentar subornar a delegada Denisse, em um esquema de exposição e intimidação de agentes federais que trabalham em investigações conduzidas por Moraes. A campanha contra os agentes foi organizada pelo blogueiro bolsonarista Allan dos Santos", diz a matéria, que afirma ainda que a campanha incluiu coação virtual, ameaças na porta de casa e vazamento de fotos pessoais.

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Uso irregular do portal de segurança Infoseg

A reportagem também apurou que as fotos utilizadas para expor as pessoas ameaçadas foram obtidas da carteira nacional de habilitação (CNH), por meio do sistema Infoseg, de acordo com relatório da PF, que descobriu acessos não autorizados a esses dados, revelando falhas na segurança do sistema, que é monitorado pelo Ministério da Justiça.
Em resposta ao UOL, o Ministério da Justiça disse que o acesso por profissionais de segurança pública habilitados a entrar na ferramenta é autorizado pelas instituições às quais estão vinculados e que não há indícios de uso indevido do sistema pelas equipes do Sinesp Infoseg. "A competência da apuração, portanto, é da Polícia Federal", escreveu a pasta.
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