Anteriormente, a agência de notícias Bloomberg informou que os aliados de Kiev acreditam que o momento certo para chegar a acordos sobre a Ucrânia poderia ser o período entre a eleição presidencial dos EUA e a posse.
"Isso não é uma questão para nós. Não acho que o calendário interno dos EUA faça qualquer diferença", disse Ryabkov no ambito do 4º Fórum Feminino Euroasiático e 1º Fórum Feminino do BRICS em São Petersburgo.
Ao invés, ele afirmou que os Estados Unidos devem dar mais atenção aos avisos da Rússia, incluindo os riscos relacionados à escalada do conflito ucraniano, se preocupar com seu próprio comportamento e lidar com seus aliados.
Ultimamente, cientistas políticos e especialistas alertaram para uma grande escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente devido a informações sobre a probabilidade de a Ucrânia receber de seus aliados ocidentais autorização para atacar o território russo em profundidade.
Ontem, o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Vyacheslav Volodin, disse, em resposta à votação no Parlamento Europeu para levantar todas as restrições da Ucrânia ao uso de armas ocidentais, que tais declarações podem levar a uma guerra nuclear global.
Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin declarou que ataques com mísseis de longo alcance ocidentais aos territórios russos que estão longe da zona do conflito significarão o envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito na Ucrânia, já que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar essas armas.
Ele acrescentou que o envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões de acordo com essas ameaças.