OTAN e a influência na manutenção do conflito ucraniano
Invasão em Kursk trouxe 'resultados bélicos pífios'
"Se o propósito era cortar as linhas logísticas que sustentam as tropas russas no território ucraniano, isso não só não aconteceu. Para piorar, abriu uma nova frente em que a Ucrânia não é capaz de se sustentar. Pensando do ponto de vista militar, não político ou propagandístico, não creio que os estrategistas ocidentais acreditem hoje na capacidade ucraniana de virar o jogo nos campos de batalha. Os conflitos em Donbass deixaram muito nítidas as insuficiências táticas e estratégicas da Ucrânia. A dificuldade de seus pilotos em operar no limite com os caças F-16 por pura falta de treinamento também. Se os drones estão mudando os fundamentos da guerra, como declarado recentemente por Putin, talvez o complexo industrial-militar russo hoje esteja mais preparado para a guerra do que a OTAN e seus aliados, inclusive os países eslavos e nórdicos do Leste Europeu", argumenta.
Zelensky e seu plano de paz descolado da realidade
"O plano de Zelensky só faria sentido se a Ucrânia fosse a vencedora, sendo, portanto, um plano imposto pelo vencedor ao vencido. Como não é esse o caso, é insustentável. Para completar, trago à baila que o Plano da Vitória, que Zelensky também tentou vender ao Ocidente em seu mais recente périplo pelos EUA, não inspirou confiança e, sem confiança, não há adesão. Só a intransigência idealista da OTAN e seus aliados sustenta a situação, pois é certo que Putin não irá recuar. A Rússia aprendeu com os erros do passado, quando acreditou nas promessas de paz do Ocidente."