Em troca, a Casa Branca ofereceu a Israel o chamado "pacote de compensação" que inclui ajuda militar adicional e apoio diplomático.
Conforme a rádio, as conversas duraram vários dias, mas as partes não conseguiram chegar a um acordo.
Por sua vez, o jornal The New York Times cita antigos e atuais oficiais israelenses de alto escalão dizendo que Israel provavelmente não vai atacar as instalações nucleares do Irã, concentrando-se em estruturas militares.
O artigo lembra que o presidente dos EUA Joe Biden e o secretário de Defesa Lloyd Austin se manifestaram contra o apoio a possíveis ataques israelenses contra instalações nucleares do Irã, temendo um agravamento da situação no Oriente Médio.
Além disso, o jornal diz que "anteriores e atuais altos funcionários israelenses colocaram dúvidas sobre se o país tem capacidade de causar danos significativos" a essas instalações.
"É provável que a primeira retaliação de Israel contra o Irã pelos ataques de mísseis de terça-feira [1º] se concentre em bases militares e, talvez, em alguns locais de inteligência ou liderança", afirmam as fontes citadas no artigo.
Como observa a publicação, as instalações nucleares como alvos foram aparentemente decididas para serem guardadas para mais tarde, apenas no caso de o Irã tentar agravar ainda mais o conflito.
Segundo o The New York Times, Israel pediu repetidamente a Washington para ter acesso a tecnologias que lhe permitissem atacar com eficácia o território iraniano, mas recebeu sempre recusa.
Por isso, as autoridades israelenses recorreram a operações de sabotagem como matar cientistas iranianos, implantar bombas nas instalações e atacá-las com drones, ressalta o jornal.
"Um alvo nuclear é um alvo muito difícil. Há muitas outras alternativas para além desse alvo", disse o general Frank McKenzie, responsável pelos planos de guerra contra o Irã quando dirigia o Comando Central dos Estados Unidos, citado pelo artigo.
Em 1º de outubro, o Irã submeteu Israel a um ataque maciço de foguetes, chamando-o de ato de autodefesa.
Os militares israelenses afirmam que cerca de 180 mísseis balísticos foram disparados, a maioria dos quais foi interceptada.
Vários meios de comunicação relataram a morte de uma pessoa, presumivelmente um palestino da Faixa de Gaza, na Cisjordânia.
O Irã afirma que os mísseis atingiram alvos militares israelenses, mas Israel diz que os danos foram "mínimos", prometendo retaliar com a ajuda dos EUA.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse, após o ataque, que a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, fracassou no Oriente Médio, demonstrando total impotência na resolução de crises.