Na última quinta-feira (10), a UNIFIL informou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) dispararam contra uma torre de observação em sua sede em Naqoura, no sul do Líbano, deixando dois militares feridos.
"Como nações contribuintes de longa data da UNIFIL e parceiras do Líbano e de Israel, nós, líderes da França, Itália e Espanha, condenamos o recente ataque. Expressamos nossa indignação após militares terem se ferido em Naqoura", diz a declaração, publicada pelo governo italiano.
O presidente Emmanuel Macron, da França, e os primeiros-ministros Pedro Sánchez, da Espanha, e Giorgia Meloni, da Itália, afirmaram no texto que os ataques "injustificáveis" de Israel contra a missão de paz da ONU violam o direito internacional e devem parar imediatamente.
Desde o fim de setembro, combates intensos são travados entre as FDI e o movimento Hezbollah.
A incursão terrestre segue no Líbano, e uma operação de bombardeios aéreos para desmantelar o Hezbollah já resultou na morte de seu líder histórico, Hassan Nasrallah, após um ataque a um prédio residencial em Beirute. A capital libanesa não sofria bombardeios israelenses desde a guerra de 2006.
A escalada do conflito por Israel deixou mais de 2,2 mil mortos, entre eles 127 crianças e 261 mulheres, e cerca de 9,4 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
De acordo com o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, mais de 200 mil pessoas do Líbano chegaram à Síria desde o início dos bombardeios israelenses, em 23 de setembro.