"Agradecemos ao presidente Vladimir Putin pelo apoio incondicional à entrada da Venezuela no BRICS. Nosso país tem uma doutrina histórica profunda, cujos valores, herdados de [Simón] Bolívar, coincidem com os princípios que inspiram este bloco a construir um mundo multipolar livre do hegemonismo. Com enormes reservas energéticas, a Venezuela fará uma contribuição significativa aos esforços do BRICS para criar uma nova ordem econômica internacional", declarou a vice-presidente.
Na cúpula do BRICS em Kazan, Putin afirmou que seria errado ignorar o interesse sem precedentes de países do Sul Global e do Oriente em fortalecer os laços com o BRICS.
Segundo o líder russo, mais de 30 Estados já expressaram esse desejo de aderir ao grupo, mas lembrou que é necessário manter o equilíbrio e garantir a eficiência. Durante uma reunião com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Putin reafirmou que a Rússia apoia o desejo da Venezuela de se juntar ao BRICS.
Maduro chegou a Kazan na terça-feira (22) para participar da 16ª Cúpula do BRICS. O agrupamento, que inicialmente incluía Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se expandiu com a entrada de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã em 1º de janeiro de 2024.
Na segunda (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ao time de articulação internacional que o Brasil deverá se posicionar contra o ingresso da Venezuela no BRICS. Recentemente, durante as eleições presidenciais venezuelanas ocorridas em julho, o governo brasileiro entendeu que Caracas descumpriu acordos internacionais que o próprio presidente Nicolás Maduro havia assinado com intermédio do Brasil, como os Acordos de Barbados.