"As decisões da nossa política externa são muito tomadas com base no que é melhor para o Brasil, e não em função das pressões externas", afirma.
"Os países desenvolvidos ou empresas multinacionais podem pressionar para acordos que garantam acesso aos recursos naturais da América Latina em condições desvantajosas, explorando, por exemplo, a necessidade de investimento externo e a fragilidade institucional, ou seja, o arcabouço de leis que protegem os nossos biomas. Então os países teriam que negociar favoravelmente aos seus interesses domésticos, e, claro, protegendo o meio ambiente, considerando os impactos socioambientais da exploração desses recursos", analisa.
Polarização não é interessante para o Brasil, afirma analista
"Há quantas décadas estamos tentando ter um acesso de saída ao Pacífico? Seria muito importante que nós conseguíssemos ter esse acesso, bem como melhorássemos nossa infraestrutura para diminuir o Custo Brasil, porque o nosso custo de exportação é muito alto, devido à nossa malha ferroviária, que é obsoleta, à nossa infraestrutura, que é débil, que é carente", argumenta Bressan sobre parcerias com os chineses.