Panorama internacional

Lula recebe Xi Jinping no Alvorada e eleva parceria à Comunidade de Futuro Compartilhado (VÍDEO)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (20) o seu homologo chinês, Xi Jinping, em uma visita de estado, em Brasília.
Sputnik
O presidente brasileiro recebeu o líder da China, Xi Jinping, em uma visita de Estado, em Brasília. Vale destacar que o gigante asiático é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. O encontro dos líderes teve lugar na residência oficial do presidente, no Palácio da Alvorada.
Várias autoridades, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ex-presidente Dilma Rousseff e outros ministros brasileiros e chineses acompanharam os chefes de Estado, escreve G1.
Xi Jinping foi recebido com honras militares, apresentações da banda do Exército, e da Cavalaria da instituição.
O presidente chinês, que chegou no último domingo (17) por ocasião da Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro, permaneceu no país para estreitar laços com o Brasil, acelerando medidas já acordadas anteriormente com foco no desenvolvimento comercial entre Brasília e Pequim.
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As visitas de Estado a Brasília conduzem os líderes visitantes até as sedes dos poderes Executivo (Palácio do Planalto), Legislativo (Palácio do Congresso Nacional) e Judiciário (Palácio do Supremo Tribunal Federal).
Como nesta quarta-feira é celebrado o dia da Consciência Negra no Brasil, Xi foi recebido no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, onde segundo o Itamaraty, serão realizadas uma cerimônia de assinatura de atos, uma declaração à imprensa e almoço. Mais tarde, os líderes jantam na sede do Ministério das Relações Exteriores, junto a outras autoridades.
No ano em que as relações sino-brasileiras completam 50 anos, Brasil e China devem assinar mais de 30 atos de cooperação no dia de hoje (20).
Entre os temas tratados estão assuntos relacionados a políticas e programas de investimento e desenvolvimento dos dois países, além de relações bilaterais e a coordenação sobre tópicos regionais e multilaterais.
Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo dados do Governo Federal, de janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões (cerca de R$ 787,2 bilhões). As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões (aproximadamente R$ 481,8 bilhões) e as importações, US$ 52,9 bilhões (mais de R$ 305,6 bilhões), um superávit de US$ 30,4 bilhões (cerca de R$ 175,6 bilhões).
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Declaração à imprensa

O presidente Lula saudou a presença de seu homólogo chinês e os múltiplos investimentos trocados entre China e Brasil, destacando a participação chinesa em licitações importantes em território nacional, bem como o fornecimento de produtos da agroindústria brasileira que colaboram com a segurança alimentar chinesa.

"Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento. O presidente Xi [Jinping] e eu decidimos elevar a Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável. Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial."

Lula destacou ainda que a integração se dará a partir da sinergia entre as múltiplas iniciativas sino-brasileiras como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o Programa Rota de Integração Sul-Americana e Plano de Transformação Ecológica e Iniciativa Cinturão e Rota.
Para além das considerações geopolíticas feitas pelo presidente, no bojo da Cúpula do G20, Lula destacou que a parceria estratégica entre China e Brasil é fundamental para um futuro político-econômico de suas relações.

"Estou confiante de que a Parceria que o presidente Xi e eu firmamos hoje excederá todas as expectativas e pavimentará o caminho para uma nova etapa do relacionamento bilateral. Espero receber o presidente Xi Jinping no Brasil no ano que vem, para a Cúpula do BRICS, em julho, e para a COP-30, em novembro", concluiu o presidente, lembrando que visitará a China novamente por ocasião do Fórum China-CELAC.

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