Panorama internacional

Guerra comercial entre China e EUA é uma oportunidade para produção agrícola da Argentina

As empresas argentinas expressaram interesse em aumentar seus carregamentos agrícolas para a China, uma notícia que soa como música aos ouvidos chineses que buscam diversificar suas parcerias para suprir safras básicas como de trigo, ante tensão com os EUA.
Sputnik
China e Argentina são parceiros comerciais de longa data. Foi ainda em 1990 que o primeiro carregamento de trigo deixou o país sul-americano em direção ao gigante asiático, algo que, segundo a apuração do jornal econômico argentino Ambito Financiero, deve acontecer novamente em breve.
Apesar de ainda não ter uma data precisa para o embarque do cereal, na segunda-feira (2), o jornal relembrou que, na década de 1990, Buenos Aires celebrou a iniciativa comercial.
Com a volta de Donald Trump à Casa Branca e o anúncio de sua severa política de tarifas alfandegárias contra produtos chineses, analistas de mercado dizem que o Sul Global pode se beneficiar disso através das oportunidades para diversificar as parcerias chinesas em sua cadeia de suprimentos. Não demorou muito para que Trump fosse a público ameaçar o BRICS caso o bloco faça transações comerciais sem utilizar o dólar americano.
A Argentina, que em 2023 tinha sofrido com períodos de seca severa, comemorou as chuvas esporádicas dos últimos meses que estimularam o crescimento da safra, possibilitando manter seu envio de 17,5 milhões de toneladas — acima dos 15,9 milhões da temporada passada — para os EUA e ainda comercializar algum excedente de produção com a China.
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Tradicionalmente, a China não é um grande importador de trigo devido a sua produção e baixo consumo. Entretanto, nos últimos anos, o país aumentou seu consumo devido à uma mudança em sua dieta, que abriu espaço para produtos ocidentais como panificados e outros produtos derivados do trigo.
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