A decisão veio após uma reunião dos líderes em Abuja, capital da Nigéria. Segundo as regras do bloco, a saída desses três países da CEDEAO deveria ocorrer em janeiro de 2025, um ano após eles anunciarem suas decisões de deixar o grupo.
Em setembro de 2023, Mali, Níger e Burkina Faso assinaram um pacto de defesa mútua, criando a Aliança dos Estados do Sahel (AES). Em 28 de janeiro deste ano, os três anunciaram a decisão de sair da CEDEAO, grupo formado por ex-colônias franceses, britânicas e portuguesas em 1975 com o Tratado de Lagos.
Na época, a recém-formada Aliança do Sahel denunciou a CEDEAO por estar sob influência estrangeira e ter "traído seus princípios fundadores".
"A organização não prestou assistência aos nossos Estados no âmbito da nossa luta existencial contra o terrorismo e a insegurança", disseram.
Pelo contrário, a CEDEAO impôs medidas punitivas, como suspensão da ajuda militar e médica, ao três países nos anos de 2021, 2022 e 2023 após a crise de segurança se agravar ao ponto de lideranças militares assumirem o governo.
Em julho deste ano, em Niamey, capital do Níger, os líderes do Mali, Níger e Burkina Faso (Asimi Goita, Abdourahmane Tchiani e Ibrahim Traore, respectivamente) aprofundaram a relação dos três países ao estabelecer a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel, organismo que visa estabelecer projetos de infraestrutura, segurança e financeiros em conjunto.