Ciência e sociedade

Será que gelo marinho do Ártico desaparecerá até meados do século? Cientistas explicam

O desaparecimento da cobertura de gelo no Ártico, previsto para meados do século, não vai acontecer, as condições vão ser praticamente as mesmas de agora, porque o período de 2030-2050 se destacará por uma redução da temperatura, explicou à Sputnik o Instituto de Pesquisa do Ártico e da Antártica.
Sputnik
Anteriormente, cientistas da Universidade de Gotemburgo apresentaram um estudo, segundo o qual há um risco de que a cobertura de gelo no Ártico, devido às mudanças climáticas, derreta completamente no verão (do Hemisfério Norte), o que pode acontecer antes de 2030, possivelmente já em 2027.
Os cientistas suecos previram que o primeiro dia sem gelo no Ártico deve ocorrer dentro de nove a 20 anos, independentemente da quantidade de emissões de gases de efeito estufa.
Segundo eles, esse cenário pode levar a um derretimento de mais de 1,2 milhão de quilômetros quadrados de gelo em um curto período de tempo.
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Enquanto isso, uma equipe científica do Instituto de Pesquisa do Ártico e da Antártica russo afirma que a cobertura de gelo do oceano Ártico não vai desaparecer.
As condições de gelo nas águas árticas serão praticamente as mesmas em meados do século que as atuais, indicam.

"Mesmo em anos 'mais amenos', os mares do Ártico ficarão livres de gelo somente de agosto a outubro. O período de 2030-2050 será a fase de diminuição da temperatura do ar durante a oscilação de 70 anos, e as condições de gelo nos mares do Ártico estarão próximas das condições atuais", diz o comunicado do instituto.

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Observa-se que mudanças insignificantes na cobertura de gelo do mar Ártico foram registradas já na década de 1990 e, no início dos anos 2000, começaram as mudanças drásticas.
Em sete anos, a área de gelo marinho do Ártico no pico do mínimo de temporada, em setembro, caiu 40% em comparação com o mesmo período durante todo o tempo de observações regulares por satélite, ou seja, desde 1979.
"Nos últimos anos, a extensão do gelo no verão, embora varie de ano para ano, tem sido mantida, em geral, em um novo nível médio, que é cerca de 20 a 25% menor do que o observado em 1979-2000."
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