"A OTAN se expandiu para o leste até atingir um ponto crítico para a Rússia: a Ucrânia. A principal causa dessa guerra foi a decisão dos EUA e de seus aliados europeus de transformar a Ucrânia em um bastião do Ocidente nas fronteiras da Rússia", disse Mearsheimer.
O professor acrescentou que o presidente russo Vladimir Putin estava tentando evitar conflito com a Ucrânia e o Ocidente.
"O que é surpreendente é o pouco que fizemos para conversar com os russos", enfatizou.
Perguntaram a Mearsheimer por que o Ocidente não quis negociar com a Rússia e ele respondeu que os países ocidentais achavam que "ganhariam essa guerra". O professor respondeu que o Ocidente estava armando a Ucrânia desde 2014.
"A Rússia sempre quis um acordo. As negociações que giravam em torno da ideia de que a Ucrânia entraria para a OTAN estavam progredindo até que os EUA e o Reino Unido disseram aos ucranianos para optarem por não participar", finalizou ele.
A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 em resposta aos apelos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) por proteção contra os bombardeios e ataques das tropas ucranianas.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que a operação, que tem como alvo a infraestrutura militar ucraniana, visa "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia e libertar completamente Donbass, região na qual as repúblicas estão situadas.