A Bloomberg nota que os volumes excederam o que a Rússia forneceu através da Ucrânia até 1º de janeiro de 2025, o que demonstra como é complicado para a UE cortar os laços com seu principal fornecedor de recursos, Moscou.
"Moscou demonstrou que, mesmo quando uma avenida para os mercados se fecha, muitas vezes há outras ainda abertas para a Rússia", afirma a agência.
Além disso, a Bloomberg sublinha que a Rússia pode vender mais por meio do TurkStream (Corrente Turca), um gasoduto direto entre a Rússia e a Turquia sob o mar Negro, que também ajuda a abastecer alguns clientes europeus.
"Em 2025, a Gazprom poderia vender 25 bilhões de metros cúbicos para a Turquia e 15 bilhões de metros cúbicos para a Europa por meio do TurkStream", ressalta o artigo.
A Bloomberg finaliza com o reconhecimento de fato que as sanções podem, na verdade, fazer com que mais desse suprimento seja enviado para a Europa, mas não cortar o volume do fornecimento de gás russo à Europa.
Anteriormente, o fornecimento de gás russo via Ucrânia terminou às 08h00 da manhã, horário de Moscou (02h00 no horário de Brasília), de 1º de janeiro de 2025, após o encerramento do contrato entre a Gazprom e a Naftogaz. O gasoduto transportou cerca de 15,5 bilhões de metros cúbicos de gás no ano passado, respondendo por aproximadamente 4,5% do consumo total de gás na União Europeia (UE).