Panorama internacional

Especialistas consideram terrorismo energético o ataque de Kiev contra gasoduto TurkStream

A tentativa da Ucrânia de atacar o gasoduto TurkStream, que fornece gás russo da Rússia à Europa através do mar Negro, é "um claro ato de terrorismo energético", causado pela situação deplorável das tropas ucranianas no campo de batalha, opinam especialistas entrevistados pela Sputnik.
Sputnik
O TurkStream, também conhecido como Turkish Stream (Corrente Turca), é um gasoduto composto por duas linhas paralelas, com mais de 930 quilômetros de extensão, que cruzam o mar Negro da costa russa até a Turquia.
De lá, o gás é fornecido para países do Sul e Sudeste Europeu.
Hoje (13) de manhã, o Ministério da Defesa da Rússia disse que a Ucrânia tentou, no sábado, atacar a estação de compressão do TurkStream perto de Anapa, na região de Krasnodar, a fim de cortar o fornecimento de gás para os países europeus.
Todos os nove drones ucranianos foram derrubados pela defesa antiaérea russa.

"Esse ataque de drones à estação de compressão do TurkStream é um ato claro de terrorismo energético, pois tem como alvo uma infraestrutura essencial para o fornecimento de gás à Europa", afirma dr. Marco Marsili do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa.

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Ele indica que esse ataque vai contra a lei e acordos internacionais que protegem infraestrutura crítica civil.
"Não se trata apenas de um ataque à infraestrutura da Rússia, mas também de uma tentativa de chantagear as nações europeias, colocando em risco sua segurança energética."
Um analista estratégico da Bélgica, Paolo Raffone, acha que Kiev recorre a tais ações por causa das perdas contínuas no campo de batalha e no conflito em geral.
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Segundo Raffone, o ataque foi um sinal para o Ocidente do atual líder ucraniano Vladimir Zelensky, que está usando "táticas de guerra não ortodoxas", compreendendo que "isso não pode reverter a situação militar no terreno".

"Zelensky acredita (ou se engana) que fortalece sua posição na inevitável mesa de negociações que está por vir. [...] Mas ele coloca em risco a disposição daqueles que garantem sua sobrevivência em uma situação de total dependência de ajuda financeira e militar externa", opinou.

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