Nesta quinta-feira (16), a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse esperar que um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento palestino Hamas ajude a criar condições para uma solução para a questão palestina.
"Esperamos que a implementação desses acordos se torne um passo prático importante em direção à estabilização de longo prazo da situação na zona do confronto palestino-israelense. Ele [o acordo] deve criar condições para melhorar a situação na região do Oriente Médio como um todo, incluindo Líbano, Síria e Iêmen", disse Zakharova em entrevista coletiva.
Ainda segundo Zakharova, a Rússia também espera que chegar a um acordo entre Israel e o Hamas possibilite uma estabilização sustentável da situação em Gaza.
Paz imediata
O governo brasileiro manifestou satisfação com o anúncio dos governos de Catar, Estados Unidos e Egito e pediu que o cessar-fogo seja respeitado, exortando às partes a "garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil".
O comunicado lembrou ainda o conflito, que já custou a vida de mais de 46.000 palestinos, grande parte deles mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de 160 jornalistas e 256 funcionários das Nações Unidas, pedindo que a paz seja retomada de forma imediata entre os israelenses e os palestinos e reiterando o compromisso com a solução de dois Estados, "com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança".
Estado livre, independente e soberano?
O governo boliviano, liderado pelo presidente Luis Arce, também celebrou o acordo de cessar-fogo e garantiu que esta decisão "vai deter o genocídio".
"Recebemos a notícia do acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Saudamos esta decisão que vai parar o genocídio, mas que ainda deixa pendente o alívio do sofrimento das vítimas e o respeito pela Palestina como um Estado livre, independente e soberano", escreveu a ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa, na rede social X.
Sosa acrescentou que o país latino-americano promove "a cultura da paz, o respeito à vida e a segurança como princípios fundamentais do relacionamento entre os Estados".