Anteriormente, Dmitry Gendelman, conselheiro do gabinete do primeiro-ministro israelense, disse à Sputnik que Israel ainda não recebeu os nomes dos três reféns que o Hamas deve libertar no primeiro dia da implementação do acordo na Faixa de Gaza, no domingo (19).
"O Hamas está atrasando a entrega dos nomes dos reféns a serem libertados como parte da troca de domingo devido a razões técnicas", disse um porta-voz não identificado do movimento ao portal.
Conforme explicou o porta-voz, a comunicação entre os membros do movimento é feita fisicamente por meio de mensageiros.
Isso causa atrasos, pois os membros do Hamas negociam a lista e localizam os reféns em meio aos ataques aéreos israelenses.
A lista final de reféns deve ser aprovada pelo líder do Hamas, Mohammed Sinwar, acrescentou o funcionário não identificado.
Só então a lista será enviada a Israel.
Acordo Israel-Hamas
As partes envolvidas no conflito na Faixa de Gaza, Israel e Hamas, com mediação do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, concordaram com um cessar-fogo a partir de 19 de janeiro por 42 dias.
Também anunciaram o desejo de um fim definitivo para os combates que, em 15 meses, já custaram a vida de 46.000 palestinos e cerca de 1.500 israelenses.
As hostilidades se espalharam pelo Líbano e pelo Iêmen e provocaram uma troca de ataques com mísseis entre Israel e o Irã.
A primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns israelenses em troca de 1.890 prisioneiros palestinos.
As tropas israelenses devem se retirar para as fronteiras da Faixa de Gaza, embora permaneçam dentro delas por enquanto.
As entregas de ajuda humanitária aumentarão a partir do primeiro dia da trégua: até 600 caminhões por dia, inclusive 50 com combustível.
Os palestinos receberão 200.000 tendas e 60.000 casas móveis.
No 16º dia da trégua, Israel e o Hamas se comprometeram a iniciar negociações sobre a segunda fase do acordo, que deve incluir a libertação dos restantes reféns, um cessar-fogo permanente e a retirada completa das tropas israelenses.
O Catar, Egito e EUA também estão conversando sobre uma terceira fase, que deverá incluir a troca de restos mortais, a reconstrução da Faixa de Gaza e o fim do bloqueio.
Esse é o segundo cessar-fogo desde o início da operação israelense: o primeiro foi em novembro de 2023 e durou apenas seis dias.