Antecipando as possíveis conversas entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo estadunidense Donald Trump, a Sputnik perguntou a uma experiente diplomata da União Europeia se a Rússia deve manter negociações com os Estados Unidos sem participação da UE.
"Com quem falar na União Europeia? Agora a linguagem na União Europeia se tornou muito mais dura do que aquela que, pelo menos, ouvimos nas audiências do Senado dos EUA", disse a ex-chanceler.
Segundo ela, ao contrário dos norte-americanos, os políticos de países como a Alemanha ou os Países Baixos estão falando constantemente sobre "impostos de guerra", "economia de guerra" e "mentalidade de guerra".
Essa retórica não é habitual nem nos EUA, nem na Rússia.
"Nunca ouvi falar disso em Washington ou na Federação da Rússia."
Trump afirmou anteriormente que planeja realizar uma reunião com Putin para acabar com o conflito na Ucrânia, ao que o presidente russo respondeu que está pronto para discutir calmamente todos os tópicos de interesse.
Kneissl afirmou que, antes de uma reunião, há muito trabalho diplomático a ser feito, e o aperto de mão entre os dois chefes de Estado será o resultado desse trabalho.
A ex-diplomata enfatizou que a restauração das relações diplomáticas entre os dois países deve começar não por uma reunião dos presidentes, mas pelo reinício da cooperação no nível administrativo e técnico, como o aumento do pessoal diplomático, retomada de contatos no campo da cultura e do esporte.