Ele lembrou à Sputnik que, durante a chamada crise das balsas, o local recebeu dezenas de milhares de pessoas detidas ou interceptadas no mar na tentativa de chegar à costa dos EUA, e "elas permaneceram lá até que seus casos progredissem, com base em acordos de migração de 1994 e 1995".
Uma prisão para inimigos?
"Esta prisão ainda existe, embora o número de detentos seja menor agora. Obama, depois de chegar à Casa Branca, aprovou uma ordem executiva para fechamento desta penitenciária — embora em oito anos nunca tenha conseguido isso. A verdade é que, na prática, os Estados Unidos a usaram para o que queriam, e não é muito diferente neste caso", disse o especialista.
"Também foram utilizadas formas de tortura e há evidências de milhares de pessoas com acusações que, na maioria dos casos, eram infundadas ou não tinham qualquer fundamento. Além disso, as condições eram realmente negativas. Estamos falando de um lugar que não estava preparado e não estava equipado para ser uma prisão", destacou Domínguez.
A rejeição de Cuba
"Agora não estamos falando de supostos combatentes classificados pelos EUA como terroristas, estamos falando de imigrantes, historicamente empregados como mão de obra barata em diversas ocupações que os nacionais desprezam, como agricultura, serviços e maquiadoras", destacou o professor que é especialista em questões de segurança, ciberespaço e guerra cibernética.