"Isso é justamente uma tentativa de fazer uma organização entre as questões econômicas, sociais e ambientais. Temos o transporte marítimo, turismo, pesca, plataformas de petróleo e gás, submarinos. Então é preciso organizar tudo isso para que possam coexistir e não competir por espaço […]. Mas existem alguns setores que resistem a essa questão, que são justamente os setores da mineração, do petróleo e gás, e da pesca, por exemplo, que temem justamente uma burocratização desse espaço marinho", explica, ao lembrar que, apesar de a mineração ainda não ocorrer no ambiente marinho, é uma atividade que se desenha para o futuro.
Sem riscos para a exploração da Margem Equatorial
"A Lei do Mar estabelece diretrizes para o uso sustentável dos recursos marinhos, e justamente por isso ela não inviabiliza, mas orienta as atividades econômicas, como a exploração de petróleo e gás, para que sejam realizadas com responsabilidade ambiental, social e econômica. No caso da Margem Equatorial brasileira, trata-se de uma nova fronteira exploratória com alto potencial energético e estratégico para a segurança energética do país. As tecnologias e normas ambientais atuais permitem que essa exploração seja feita de forma segura e sustentável, com respeito à biodiversidade marinha e aos povos costeiros. Isso assegura que o desenvolvimento dessa região ocorra dentro dos princípios da Lei do Mar", diz.