Para Nazzal, Washington nunca foi um mediador imparcial no conflito palestino-israelense, enquanto a porta-voz oficial do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, afirmou que a conferência é "inoportuna e improdutiva". Segundo ela, o evento pode prolongar a guerra e atrapalhar os esforços pela paz.
Segundo o representante do Fatah, os EUA não deveriam boicotar totalmente a conferência nem se recusar a colaborar com seus observadores, como faz Israel. "Pelo contrário, gostaríamos que os Estados Unidos fossem os primeiros a reconhecer o Estado da Palestina, desempenhando um papel na sua criação e no seu pleno ingresso na ONU", acrescentou.
Nazzal também afirmou que Israel tenta
marginalizar a questão palestina. No entanto, a conferência da ONU, em sua visão, ajudou a impedir essas tentativas.
A conferência sobre a resolução do conflito no Oriente Médio e as perspectivas de reconhecimento do Estado palestino teve início na última segunda-feira (28), na sede da ONU em Nova York, com França e Arábia Saudita na presidência do encontro. A conferência tornou-se a maior iniciativa internacional recente voltada para o tema.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da França, ao final da reunião, chanceleres de 15 países ocidentais pediram o reconhecimento do Estado da Palestina como parte da resolução do conflito na região.
Atualmente, 147 países reconhecem o Estado da Palestina — os Estados Unidos não estão entre eles. Em 2024, os EUA vetaram o pedido de adesão plena da Palestina à ONU. No mesmo ano, dez países fizeram o reconhecimento oficial, incluindo Irlanda, Noruega, Espanha e Armênia.
De acordo com a posição oficial da Rússia, a solução do conflito só é possível com base na fórmula aprovada pelo
Conselho de Segurança da ONU: a criação de um Estado palestino com as fronteiras de 1967 e a capital em Jerusalém Oriental.