A decisão ocorre concomitantemente às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas secundárias aos compradores do petróleo russo, se não houver cessar-fogo no conflito ucraniano.
Na terça-feira (29), Trump disse que estava reduzindo o prazo de 50 para dez dias para que Rússia e Ucrânia façam uma trégua. Futuras sanções podem interromper fluxos de petróleo russo e elevar os preços do petróleo mundialmente.
A Arábia Saudita e seus parceiros planejam ratificar a adição de 548 mil barris por dia para o próximo mês, segundo a entidade. Os produtores que extraírem o máximo das cotas estabelecidas deverão apresentar até 18 de agosto um calendário para compensá-lo.
O aumento encerraria um corte de 2,2 milhões de barris feito por oito membros do grupo em 2023 e incluiria cota adicional que está sendo gradualmente incorporada para os Emirados Árabes Unidos.
A aliança vem promovendo aumentos na produção há meses, com intensificação do ritmo a partir de julho, quando anunciou que aumentaria a produção de petróleo em 548 mil barris por dia (bpd) a partir de agosto. Desde 1º de agosto, a produção de petróleo está em 502 mil barris diários.
Em dezembro de 2024, a aliança estabeleceu a reversão gradual dos cortes voluntários de 2,2 milhões de barris diários, que foi iniciada em abril deste ano.
Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Cazaquistão, Kuwait, Omã e Rússia continuam a diminuir gradualmente os seus recortes voluntários de 1,65 milhão de barris diários vigentes até o final de 2026.
Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Cazaquistão, Kuwait, Omã e Rússia continuam a diminuir gradualmente os seus recortes voluntários de 1,65 milhão de barris diários vigentes até o final de 2026.
Estava previsto que o processo levaria um ano e meio, mas no início de abril os outros países decidiram acelerar desde maio a recuperação de 411 mil barris diários. Em junho e julho, o aumento da produção se manteve nesse nível.
A OPEP e seus aliados independentes, entre eles, Azerbaijão, Bahrein, Brasil, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão e Sudão do Sul, estabeleceram cotas de produção como parte de um acordo para estabilizar o mercado.
Os países da Opep+ ainda têm uma boa margem para extrair mais petróleo rapidamente, se acharem necessário, e assim minimizar uma possível crise.