"Brasil: estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas, incluindo quatro policiais", começa o comunicado.
Mais adiante, o Alto Comissariado afirma que operações deste nível reforçam a tendência de ações policiais em "comunidades marginalizadas no Brasil". Na mensagem, o órgão reforçou, também, as obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos e cobrou investigações rápidas e ineficazes.
Com 64 mortos e 81 presos, ação policial nos complexos da Penha e do Alemão é a mais letal da história do estado. Em retaliação aos confrontos, criminosos realizaram bloqueios com ônibus e caminhões em vários pontos da capital fluminense e na região metropolitana, prejudicando a volta para casa dos cariocas.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o Rio de Janeiro "chegou ao limite" no combate ao crime organizado. Segundo ele, o estado pediu apoio do governo federal, incluindo o envio de blindados das Forças Armadas, mas o pedido foi negado.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, por sua vez, que não recebeu qualquer solicitação do governador.