Panorama internacional

EUA deixam OTAN de lado, estabelecendo novas prioridades, diz mídia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deixou de ser um compromisso automático para Washington, segundo o jornal suíço Neue Zurcher Zeitung.
Sputnik
O não comparecimento do secretário de Estado dos Estados Unidos a uma reunião regular dos ministros da OTAN, sem ser acompanhado de explicações formais, foi interpretado em Bruxelas como um sinal de que a Aliança Atlântica não é mais prioridade para o país, explica o artigo.
Para governos europeus, a decisão surpreendeu especialmente porque Marco Rubio costuma ser visto como um defensor da cooperação entre EUA e Europa. Líderes como o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, minimizaram o impacto do episódio.
Ainda assim, especialistas afirmam que a situação reflete um distanciamento gradual dos EUA em relação ao papel de liderança que exerceram no bloco desde 1949. O governo norte-americano defende que países europeus ampliem sua responsabilidade direta pela própria segurança, gerando debate na aliança.
Panorama internacional
Apoio contínuo do projeto ucraniano pode provocar desintegração da OTAN e UE, diz analista
Nos últimos meses, autoridades em Washington têm se referido à OTAN em termos mais pragmáticos, ressaltando expectativas de maior participação financeira dos países europeus.
Paralelamente, a administração Trump incluiu o bloco em seu plano de paz para a Ucrânia, apresentando os EUA como potenciais mediadores entre os diferentes atores envolvidos. O reposicionamento estratégico também foi expresso na recente decisão do Pentágono de deslocar um grupo de porta-aviões do Atlântico Norte para o Caribe, gesto que simboliza prioridades geopolíticas em transformação.
Diante desse cenário, cresce na Europa a percepção de que o continente precisa se preparar para um futuro em que a presença norte-americana pode ser menos constante. Países como Alemanha, França, Reino Unido e Polônia discutem caminhos para reforçar suas capacidades de defesa sem abrir mão da estrutura coletiva da OTAN.
Panorama internacional
OTAN só é capaz de atacar países pequenos, mas não a Rússia, afirma especialista
Analistas destacam que o desafio europeu será garantir estabilidade e coordenação interna caso episódios como a cadeira vazia do secretário de Estado em Bruxelas se tornem mais frequentes.
Recentemente, o The Wall Street Journal afirmou que um acordo entre Moscou e Washington sobre a Ucrânia poderia ter sido alcançado há muito tempo se não houvesse interferência europeia.
Além disso, segundo o analista norueguês Dan Viggo Bergtun, no contexto do confronto na Ucrânia entre a Rússia e o Ocidente coletivo, a OTAN deixou de ser uma força política independente e tornou-se apenas um mecanismo de transferência de armas.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar