Toda a correspondência desaparecida é anterior ao atentado, inclui escassas palavras escritas por Hillary e consiste mais em uma série de pretensos relatórios de inteligência passados a ela por seu confidente político de longa data Sidney Blumenthal, segundo disseram as autoridades.
Em teoria, as regras do Departamento de Estado norte-americano exigiriam que Hillary tivesse usado o serviço eletrônico especial do governo, que é adicionalmente protegido e que guardaria automaticamente, "para a História", todas as mensagens transmitidas e recebidas pela agora pré-candidata à presidência dos EUA.
Quando perguntado sobre a discrepância, Nick Merrill, um porta-voz da campanha de Hillary, disse apenas que “ela entregou mais de 55.000 páginas de material para o Departamento de Estado, incluindo todos os e-mails em sua posse do Sr. Blumenthal".
O fato de a ex-secretária de Estado ter usado um e-mail não-governamental e, portanto, não protegido, enquanto estava no cargo não foi revelado publicamente até março deste ano, após a comissão investigativa parlamentar ter pedido sua correspondência relacionada ao ataque em Benghazi.
Quanto a outras 46 mensagens de Blumenthal relacionadas com a Líbia e publicadas pela comissão, os funcionários disseram que todas estão nos registros do Departamento. Segundo as fontes, elas não foram entregues aos investigadores do Congresso porque não tinham relevância para eventos em Benghazi e não correspondiam ao pedido da comissão.
Uma investigação oficial irá estabelecer se houve algum vazamento de informações secretas por conta do uso que Clinton fez do servidor privado em sua residência. Se tal fato for provado, a carreira da ex-senadora pode ser evidentemente dificultada, bem como suas pretensões à presidência dos EUA em 2016.