O artigo intitulado “EUA enfrentam risco de irrelevância na luta contra o Estado Islâmico” esclarece que a Rússia não precisaria de permissão, uma vez que opera a pedido do governo legítimo da Síria e lembra a opinião do vice-chanceler sírio, Faisal Midal sobre as operações russas contra as posições dos extremistas.
“Os ataques aéreos realizados pela Força Aérea da Rússia nos últimos dias na Síria têm causado muito mais dano a grupos terroristas do que todas as operações combinadas da coalizão internacional liderada pelos EUA há mais de um ano”, afirmou Midal.
Já o embaixador da Síria em Moscou, Riyad Haddad, relatou que aproximadamente 40% da infraestrutura do grupo jihadista em seu país foi destruída desde o início dos ataques russos. Ele também afirmou que os extremistas estão fugindo em direção à fronteira com a Turquia.
O texto destaca que os caças norte-americanos, por exemplo, acertaram dois alvos no dia 8 de outubro. Um deles seria um posto de gasolina. Enquanto isto, o portal lembra que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, divulgou que dados do Ministério da Defesa russo mostravam o acerto de 112 investidas sobre instalações do Estado Islâmico no mesmo período.
As finanças das operações dos EUA não foram deixadas de lado pelo artigo. O portal publicou que o governo norte-americano gastou desde 8 de agosto de 2014 o valor de US$ 3,87 bilhões com os ataques de seus aviões na Síria. A guerra contra o Estado Islâmico estaria custando US$ 10 milhões por dia, para um “lucro” de 6.000 extremistas retirados, mesmo com os jihadistas ganhando novos 20.000 membros e 30 novas facções ao redor do mundo jurando fidelidade ao grupo.
O texto afirma ser curioso o fato de que, nos últimos dias, os aviões norte-americanos aumentaram seus voos no Iraque e diminuíram muito na Síria. Os ataque a alvos do Estado Islâmico em solo iraquiano são dezenas ao dia, enquanto os caças dos EUA são vistos uma ou duas vezes em território sírio. “A razão é simplesmente que Washington percebeu que Bagdá estava dentro de um curto passo de pôr em assistência militar russa.”
As autoridades iraquianas, lembra o portal, demostraram na quarta-feira (7) o desejo de contar com o apoio das forças russas contra o grupo jihadista. O chefe da Comissão de Defesa do Parlamento divulgou um comunicado dizendo que “o Iraque quer a Rússia desempenhando um papel mais importante na luta contra o Estado Islâmico do que o desempenhado por Washington”. O opinião semelhante à que foi manifestada antes pelo primeiro-ministro iraquiano, Haydar al-Abadi.
“Eu não vejo dificuldades em forças da Rússia atingir alvos do Estado Islâmico no Iraque, depois de coordenar esses ataques com a gente”, comentou o premiê do Iraque.
O desejo iraquiano pode se tornar real, uma vez que a presidente do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Valentina Matvienko, afirmou que a Rússia iria considerar a participação mais ampla possível no combate ao Estado Islâmico no Iraque.
Finalizando, o artigo do portal relata que o líder espiritual iraniano, aiatolá Ali Khamenei, proibiu qualquer negociação de Teerã com os EUA, enquanto o Irã apoia a Rússia nas ações militares na Síria, e destaca a abertura do corredor aéreo sobre o território iraquiano e iraniano para os aviões russos, o lançamento de mísseis contra o Estado Islâmico a partir do Mar Cáspio e o intercâmbio em larga escala de informações de inteligência.
“O quadro mostra que os EUA correm o risco de se tornar irrelevantes na luta contra o Estado Islâmico”, conclui o What They Say About USA.