O abate da aeronave é “uma provocação muito séria. A família de Erdogan está envolvida diretamente neste incidente… É bastante possível que a catástrofe do Su-24 tenha sido um ato de vingança”, sublinhou o analista.
Segundo alguns dados, o grupo jihadista ganha até 2 milhões de dólares por dia vendendo petróleo clandestinamente a intermediários turcos. Nesta quinta-feira (26) o premiê russo Dmitry Medvedev mencionou que alguns funcionários turcos são envolvidos neste negócio ilegal do Estado Islâmico. Ele não divulgou os nomes destas pessoas.
Second, Turkey has demonstrated that it is protecting ISIS. Third, friendly relations between Russia and Turkey have been undermined
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) 25 ноября 2015
Tarasov também supõe que o presidente turco pode ter laços diretos com os islamistas.
“A Turquia foi recentemente sacudida por um grande escândalo de corrupção. Poderemos em breve saber que o próprio presidente Erdogan está ligado diretamente com o EI… Erdogan mantém constantemente a sociedade turca à margem. Os turcos sempre lutam contra inimigos domésticos ou estrangeiros. Isto levou a que Erdogan rompesse os laços com muitos países”, observou Tarasov.
O presidente turco, segundo o especialista, está se tornando cada vez mais o “inimigo número um” no Oriente Médio. O abate do avião russo só irá ampliar esta tendência.
O incidente com o Su-24 “irá afeitar o equilíbrio regional de poder. Erdogan está ficando gradualmente mais isolado. Muitos o veem como um político corrupto e ditador. A Turquia transforma-se em uma força desestabilizadora no Oriente Médio”, sublinhou o analista.
Nesta terça-feira (24), um bombardeiro russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar turco no espaço aéreo sírio. Os dois pilotos do avião conseguiram se ejetar antes de o avião cair. Um dos pilotos foi ferido quando descia de paraquedas e foi morto por islamistas. O copiloto foi salvo e enviado para a base de Hmeymim.
Ancara declara que derrubou o avião russo porque ele violou o espaço aéreo turco, mas o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que durante todo o voo o avião se manteve sempre sobre o território da Síria. “Isto foi registrado por meios objetivos de controle", acrescentou o departamento militar. O presidente russo Vladimir Putin chamou o abate do avião de "golpe nas costas" por parte de coniventes com o terrorismo.