O presidente norte-americano, Barack Obama, chegou ontem (20 de abril) para a Arábia Saudita com uma visita oficial. Entretanto, a mídia e os usuários das redes sociais assinalam que o alto visitante foi recebido bastante friamente. A mídia também classificou a recepção em Riad como desdenhosa, o que pode certificar aumento da tensão entre os países.
Segundo a revista Der Spiegel, a paciência de Riad se esgotou e a visita do presidente norte-americano foi o excelente motivo para mostrar o descontentamento dos sauditas pelas ações de Obama.
“Hoje se tornou claro como Obama irou os sauditas. Obviamente, ele teve uma recepção bem fria”, comenta Der Spiegel.
O canal de televisão norte-americano CNN chamou a recepção de desdenhosa e acrescentou que isso mostra o fato de agravamento das relações entre os países, considerados parceiros.
Além disso, a mídia local não transmitiu as imagens da chegada do avião de Obama e da sua viagem ao palácio.
Os usuários das redes sociais também assinalaram a recepção “fria”.
“Os sauditas repreendem Obama por sua visita”, comenta o usuário de Twitter @ADJGrpPolitics.
Saudis snub O on arrival… https://t.co/4fMdLmOu2E
— ADJGrpPolitics (@ADJGrpPolitics) 21 апреля 2016 г.
#politics
“Recepção fria de Barack Obama é ligada de algum modo com a questão iraniana, o bofetão? Irã é inimigo deles?”, disse o usuário @BlueWaterDays.
@BlueWaterDays Have Quick? S.ARABIA Chilly welcome to President OBAMA,Has anything to do w/ Iran deal,slap in face? IRAN Is their enemy,?
— Susan (@sueinwny) 21 апреля 2016 г.
Investigação dos atos terroristas de 11 de setembro e Arábia Saudita
Vale lembrar que mais cedo comunicava-se que segundo os dados do relatório secreto sobre a investigação dos atos terroristas de 11 de setembro, Arábia Saudita podia ser conivente à organização de ataque sobre o centro comercial internacional nos EUA. A informação surgiu do ex-senador Bob Graham que tinha participado na investigação em 2002 no Congresso.
Intensificação da tensão
Segundo a opinião do analista de Gulf Research Mustafa Alani, a Arábia Saudita receia que Washington flerte com o seu inimigo, o Irã, comunica a RIA Novosti. Anteriormente Obama tinha classificado os sauditas como “assim chamados parceiros” e depois tinha proposto a Riade de “partilhar” a região de Oriente Médio com Teerã. Estes palavras foram percebidas negativamente pelos sauditas.
Além disso, os políticos americanos sugeriram limitar o fornecimento de armas a Riad e fizeram lembrar os resultados da investigação, que apontam à conivência possível do reino aos atos terroristas de 11 de setembro.
Os sauditas não gostam do fato que os seus fundos no território dos EUA podem ser arrestados congelados a aprovação do projeto de lei.
Por isso, alguns representantes do Pentágono e do Departamento de Estado tinham realizado uma série de encontros confidenciais com os legisladores americanos e reviram os passos de resposta possíveis por parte de Riad, que podem acarretar as consequências econômicas e financeiras negativas. Em particular, os sauditas vão vender os fundos ameaçados, inclusive títulos do Tesouro dos EUA. Isto foi divulgado pelo chanceler do Reino Adel al-Jubeir durante a visita de março para Washington.