Putin é "único em sua classe", escreve Donovan. O líder russo conseguiu deixar para trás o comunismo e construir uma forma de democracia no seu país. Além disso, restaurou o Cristianismo e os institutos ortodoxos na Rússia.
Durante a sua presidência, o Exército russo foi restaurado e modernizado e o país passou a defender os seus interesses no Cáucaso, na Geórgia, Ucrânia e agora na Síria, escreve o ex-colaborador. A rejeição russa da expansão da OTAN e a onda de golpes de Estado, fruto da ingerência externa, conhecidos como revoluções coloridas, também é completamente compreensível.
Enquanto a OTAN fez vista grossa ao comércio ilegal de petróleo entre a Turquia e o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), foi a Rússia que mostrou as ações de Ancara e começou a bombardear os caminhões de jihadistas que levavam o petróleo barato da Síria ao país otomano.
"Os políticos europeus e norte-americanos não parecem entender quem é o seu inimigo número um", de acordo com Donovan.
Por sua vez, Putin tem uma visão clara sobre as ameaças provenientes do "fascismo religioso".
"Veremos se a Rússia terá que salvar a Europa de si mesma outra vez no século XXI", conclui o especialista.