A visita recente de Obama começou com uma "humilhação simbólica": devido à falta de coordenação do horário da chegada, "a pessoa mais influente do mundo" [assim Die Welt chama Obama] teve que usar uma saída alternativa na cauda do avião.
Além disso, os conselheiros do presidente americano e altos funcionários chineses começaram a brigar, tentando deitar para fora as tensões acumuladas durante muitos anos.
Outrora Obama declarou que estava pronto a dar a mão a quaisquer "adversários e rivais" dos EUA, até a Pequim. Em 2009, ele recusou receber Dalai Lama para não zangar os chineses.
Os chineses tentavam controlar cada passo de Obama. Não lhe permitiram se encontrar com a oposição política, não o deixaram responder na coletiva de imprensa, não autorizaram se apresentar na rádio.
"Este ataque da China foi uma lição para Obama. O presidente e os seus conselheiros chegaram à conclusão que a China só percebe a linguagem da força", diz o artigo.
Segundo destaca o autor do artigo, a política de viragem a Oriente estava ligada a grandes esperanças, tal como outras iniciativas de Obama. Esta política não resultou em nada de notável.
As autoridades de Pequim não ficaram impressionadas com essa viragem, durante muitos anos elas usaram uma política de mordacidade e de redução do poder americano, observa o autor do artigo.
Outro plano dos EUA na Ásia que falhou foi a Parceria Transpacífico.
De acordo com o autor, a virada para a Ásia criou um "vácuo" em outras partes do mundo, que permitiu a atividade dos "maus", entre os quais o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), que se aproveitaram da situação e voltam a envolver os EUA no Oriente Médio.
Obama, por sua vez, disse "não exagerem", e quando o presidente das Filipinas o chamou de "filho da p***", Obama cancelou o encontro com ele. "No mundo de Obama isto foi a expressão de sua máxima dureza diplomática", conclui o autor.