O próprio Branstad não comentou a nomeação e apenas informou "estar orgulhoso por ter apoiado Donald Trump na disputa à presidência".
A proposta foi feita na sede de Donald Trump, no arranha-céus Trump Tower em Nova York. Segundo foi informado, logo após a vitória de Trump nas eleições, Branstad iniciou os preparativos para missão de uma semana à China.
Destaca-se que o governador de Iowa conhece Xi Jinping pessoalmente. Eles se encontraram pela primeira vez em 1985, quando Xi Jinping visitou o Estado de Iowa como chefe de uma delegação. Naquele momento, a província de Hebei e o Estado de Iowa já mantinham laços fraternos há três anos.
Em fevereiro de 2012, quando era vice-presidente da China, Xi Jinping visitou novamente a cidade de Muscatine no Estado de Iowa e se encontrou com seus antigos amigos, quem ele conheceu 27 anos atrás.
O governador ficou imensamente impressionado com as mudanças da China, ao visitar o país em 2012:
"A China se transformou como país. Nela apareceu um grande número de prédios altos, trens de alta velocidade e automóveis. O nível da vida da população aumentou consideravelmente", destacou Branstad durante sua visita.
Hoje em dia, a China é o segundo maior mercado de exportações para Iowa após o Canadá. Em 2015, o estado exportou para a China o volume de produtos equivalente a 2,3 bilhões de dólares e um pacote de serviços no valor de 273 milhões de dólares. Equipamentos agrícolas e produtos químicos foram vendidos à China em grandes quantidades. Tradicionalmente, o Estado de Iowa tem sido chamado capital alimentar do mundo, fator que define o interesse da China em relação ao estado.
Em entrevista à Sputnik China, Aleksandr Larin, especialista em questões do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, comentou a nomeação de Branstad:
"O anúncio sobre a possível nomeação indica que Trump atribui uma enorme importância às relações entre os EUA e a China", destacou Larin.
Segundo ele, a nomeação do embaixador "não é um passo a curto prazo".
"O embaixador assumirá suas funções por muito tempo. Ele terá que participar da formação das relações entre os EUA e a China", assinala o especialista.
Liu Jianyong, especialista chinês do Instituto de relações internacionais, acredita que Trump, na qualidade de presidente recém-eleito, que ainda não assumiu o cargo oficialmente, fez uma série de declarações inaceitáveis:
"Isso atingiu os sentimentos do povo chinês, trata-se de um ambiente negativo para as relações entre China e EUA", destaca Jianyong.
O especialista chinês conclui que, o relacionamento entre os dois países dará um novo impulso, caso Trump escolha assessores capazes de ajudá-lo a entender a China da melhor forma possível, inclusive os princípios básicos das relações bilaterais.