A responsabilidade pelo assassinato do embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, foi assumida pelo grupo armado sírio Jaish al-Fatah [inclui militantes do grupo Frente al-Nusra, proibido na Rússia], informou o portal sírio breakingnews.sy portal. De acordo com um comunicado divulgado pelos militantes, o policial Mevlut Mert Altintas que matou Karlov era membro da organização terrorista.
Ninguém pode estar totalmente protegido contra ataques terroristas, nem mesmo os embaixadores, já que estamos falando de uma região caótica, na qual uma enorme quantidade de pessoas tem influência. Surge apenas uma questão: quem será o próximo a ser atingido pelo conflito no Oriente Médio, que tem já dimensões globais. Prova disso — o ato terrorista em Berlim, que aconteceu no mesmo dia do assassinato do embaixador russo, e o tiroteio em Zurique. Ao mesmo tempo, este é outro sinal para as duas principais potências — os EUA e a Rússia — para finalmente se juntarem na luta conjunta contra o terrorismo.
Após o assassinato do embaixador russo, os Estados Unidos expressaram imediatamente condolências. Tal resposta rápida dos norte-americanos mostra que este caso não tem precedentes na história recente. A investigação ainda tem um grande trabalho a fazer para descobrir se o ato terrorista foi levado a cabo por um radical solitário desequilibrado ou se ele agiu no âmbito de uma ação terrorista coordenada.
O autor do artigo afirma que não "derrama lágrimas" pelo embaixador russo, considerando que Karlov na Turquia não era um diplomata, mas um "soldado". E não importa onde ele morreu — "no campo de batalha em redor de Aleppo ou na galeria em Ancara. E seu assassino também não era um terrorista, mas um soldado. Os terroristas matam pessoas inocentes, fazem colidir caminhões contra mercados de Natal ou aviões contra arranha-céus. Os soldados matam soldados iguais", escreve Kuntsman.
O cinismo dessas palavras é chocante! A Sputnik Japão endereçou a um conhecido perito internacional, Georgy Toloraya, a questão de saber como pode encarar tais artigos. Ele conhecia o embaixador Andrei Karlov dos tempos da universidade e, depois disso, eles continuaram sendo bons amigos:
"Para as pessoas que conheciam Andrei Karlov este assassinato foi um grande choque. Eu o visitei um mês atrás, nós estávamos falando sobre os planos e sobre a vida em geral. Mas agora, sendo analistas e políticos, nós somos obrigados a pôr as emoções pessoais de lado. E dizer: sim, Andrei realmente caiu no campo de batalha. Pois, a julgar pelo que foi escrito no artigo sobre a morte do embaixador russo, há quem fique alegre com a desgraça alheia, é uma alegria pela morte do adversário. Provavelmente, dos inimigos não se deve esperar outra reação. Tais artigos mostram mais uma vez que há uma guerra de informação entre a Rússia e os que se opõem a ela. Infelizmente, estes são países que se chamam de civilizados, mas, ao mesmo tempo, estimulam o terrorismo. Estimulam guerras híbridas, o terror em todo o mundo. Como se diz, guerra é guerra."
"Sim, a Turquia não era inteiramente a sua região, mas ele era um dos diplomatas de maior confiança. Gozava da grande confiança por parte da liderança do Ministério do Exterior, e, portanto, foi decidido enviá-lo para a Turquia", diz Georgy Toloraya.
"Andrei trabalhava com entusiasmo, realmente cumpria o seu dever, mesmo que originalmente essa não tivesse sido a sua escolha. Para nós, seus amigos e colegas de Estudos Coreanos — isto é como a morte de um membro da família".
Entretanto, a rua em Ancara onde está localizada a Embaixada da Rússia passará a se chamar rua Andrei Karlov, em homenagem ao diplomata assassinado.