Putin destacou que os cidadãos da França encarregaram Macron de "liderar o país em um momento complicado tanto para a Europa como para todo o mundo", nas condições de aumentada ameaça terrorista, de escalação de conflitos locais e de desestabilização em regiões inteiras.
"Nestas condições, é especialmente importante superar a desconfiança mútua e juntar os esforços para assegurar a estabilidade e segurança internacionais", sublinhou Putin.
"Por enquanto é obvio que a política externa francesa com Macron como presidente ficará pró-ocidental e pró-OTAN, sendo moderada em relação à Rússia. No entanto, Macron é um político interessante e bastante jovem, e não se pode excluir a possibilidade de ele descobrir e apreciar a Rússia, bem como avaliar o potencial da cooperação russo-francesa", disse Slutsky aos jornalistas na segunda-feira (8).
Ele frisou que essa cooperação será o objetivo principal da atividade do comité do grupo "Amizade" com o parlamento francês, do qual faz parte, após serem realizadas as eleições parlamentares em 18 de junho.
"Repito outra vez, que, muito provavelmente, essa foi uma votação não a favor de Macron, mas contra a possível saída da França da União Europeia. Claro que, neste caso, o Ocidente recorreu a toda a sua influência, toda a propaganda na França foi usada para apoiar Macron — um candidato que só tem experiência política de um pouco mais de um ano", destacou Slutsky.
Além do presidente russo, Macron recebeu uma mensagem de congratulações do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que espera se encontrar com o novo presidente francês na cúpula da organização em 25 de maio, em Bruxelas.
"Parabenizo Emmanuel Macron pela vitória. Estou à espera de nossa encontra na cúpula da OTAN em 25 de maio para reforçar a cooperação transatlântica", escreveu Stoltenberg em seu Twitter.
Congratulations @EmmanuelMacron on your victory. Looking forward to welcoming you at #NATOmeeting on May 25 to reinforce transatlantic bond.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) 8 de maio de 2017