Putin: 'Situação na península coreana está à beira de uma guerra'

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Presidente Putin observa voos no salão aéreo MAKS 2017 - Sputnik Brasil
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O perigo na península coreana aumentou e agora a região está à beira do conflito militar em grande escala, disse o presidente russo Vladimir Putin, acrescentando que o problema deve ser resolvido através do diálogo.

"Eu tenho que dizer algumas palavras sobre a situação na península coreana, onde as tensões cresceram recentemente e a situação está se equilibrando à margem de um conflito em larga escala. A Rússia acredita que a política de pressão sob Pyongyang para interromper seu programa de mísseis nucleares é equivocada e fútil ", disse Putin em um artigo publicado pelos principais meios de comunicação dos estados dos BRICS no limiar da cúpula do grupo que será realizada na cidade chinesa de Xiamen, no sudeste, nos dias 3-5 de setembro.

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O presidente apontou que o problema deve ser resolvido através de um diálogo sem provocações e pressão.

"Os problemas da região só devem ser resolvidos através de um diálogo direto de todas as partes envolvidas sem quaisquer condições prévias. Provocações, pressão e retórica militarista e insultante são uma estrada sem saída", disse Putin.

Ele acrescentou que a Rússia e a China criaram um "roteiro para um assentamento na península coreana, que visa promover a flexibilização gradual das tensões e a criação de um mecanismo de paz e segurança duradoura".

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A situação na península coreana aumentou nos últimos meses devido aos lançamentos de mísseis de Pyongyang e a testes nucleares, todos conduzidos em violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Em 5 de agosto, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a Resolução 2371, que aperta as sanções contra a Coreia do Norte em resposta aos testes realizados no final de julho.

Em meados de agosto, os testes causaram uma dura reação do presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou desencadear "fogo e fúria" contra a Coreia do Norte se o país colocasse os Estados Unidos em risco. Após a declaração de Trump, a mídia norte-coreana informou que a liderança do país estava considerando um ataque de mísseis em uma base militar dos EUA, localizada na ilha de Guam.

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O teste mais recente foi realizado na terça-feira, quando a Coreia do Norte lançou um míssil, que voou sobre o Japão antes de cair no Oceano Pacífico 1.180 quilômetros (733 milhas) a leste da ilha de Hokkaido.

Em junho, a Rússia e a China apresentaram um mapa para a solução da crise norte-coreana, o chamado plano de congelamento duplo, que prevê o fim simultâneo da atividade nuclear da Coreia do Norte e dos exercícios militares norte-americanos e sul-coreanos. A iniciativa foi apoiada pela Alemanha, mas foi rejeitada pelos Estados Unidos. A Coreia do Norte não respondeu à proposta.

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