Segundo Giraldi, os EUA "continuam sonhando" com o afastamento do presidente sírio, Bashar Assad.
No entanto, a edição norte-americana The New Yorker, citando funcionários norte-americanos e europeus, informou que a Casa Branca pode aceitar permanência de Bashar Assad no poder até as próximas eleições em 2021.
Nota-se que a nova posição de Washington reflete "as opções limitadas da administração" e a realidade militar no local – reforço das posições de Damasco com ajuda da Rússia.
Em conformidade com os últimos passos políticos, o cientista político, Igor Shatrov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opina que os EUA estejam procurando maneiras de manter seu contingente militar na Síria.
"A declaração recente [do presidente dos EUA Donald Trump] sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense pode estar ligada à tentativa de criar outro foco de tensões no Oriente Médio, e o objetivo de criar tal foco de tensão é manter os soldados norte-americanos na Síria. Os norte-americanos precisam do país para controlar a situação não só na Síria, mas também nos países vizinhos."
De acordo com Shatrov, as ações decisivas da Rússia contra o terrorismo internacional na Síria levaram à mudança do balanço de forças global no Oriente Médio.
"A Federação da Rússia agora é percebida pelos países da região de uma maneira totalmente diferente do que alguns anos atrás. Contatos recentes de Putin com os líderes dos países da região – não se trata somente do presidente sírio, egípcio e turco, mas também de contatos com o rei da Arábia Saudita, governo do Irã – testemunham que agora os países do Oriente Médio estão à procura de novos métodos para solucionar seus problemas e veem a Rússia como um país capaz de influenciar na situação regional e restaurar a estabilidade", concluiu Igor Shatrov.