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Casos de violência política saltam 130% nas eleições municipais de 2024
Casos de violência política saltam 130% nas eleições municipais de 2024
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Pesquisa aponta que foram 299 casos de violência registrados no período pré-eleitoral, número acima dos 63 registrados em 2020. Na quarta-feira (2), um... 03.10.2024, Sputnik Brasil
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O candidato a vereador bolsonarista Flávio da Direita Sergipana (PL-SE) invadiu uma carreata do PT em Aracaju em apoio à candidata à prefeita da cidade Candisse Carvalho (PT), atropelou e arrastou por cerca de 2 quilômetros um dos participantes do ato.O caso ocorreu no Conjunto Augusto Franco, na Zona Sul de Aracaju, durante a carreata "Aracaju na Medida Certa". Segundo o boletim de ocorrência, Flávio dirigia um carro adesivado com a imagem de Jair Bolsonaro quando invadiu a carreata, imprensou a vítima, identificada como Charles, contra outro veículo e a arrastou sobre o capô.As imagens foram gravadas pelo celular da vítima e divulgadas nas redes sociais, ganhando ampla repercussão. No vídeo, a vítima avisa que sua perna foi quebrada e implora para que Flávio pare o veículo, sem ser atendido.Após o ato truculento, Flávio postou um vídeo nas redes sociais no qual afirmou ter sido a vítima, afirmando que o participante do ato havia subido em seu capô, contrariando as imagens divulgadas. Ele também alegou que os participantes do ato estavam "possivelmente armados".O PT emitiu uma nota de repúdio ao ato, e o senador Rogério Carvalho (PT-SE) cobrou uma investigação transparente por autoridades do estado. Ele afirma que o episódio configura uma tentativa de homicídio.O episódio vem à tona no mesmo dia que a organização Terra de Direitos divulgou uma pesquisa que apontou que a violência política em campanhas cresceu 130% nas eleições deste ano em relação ao último pleito, de 2020.Os dados apontam que foram 299 casos de violência política entre 1º de novembro de 2022 e 15 de agosto de 2024 — 145 casos somente este ano, com 14 assassinatos. No período pré-eleitoral de 2020 (entre janeiro e 26 de setembro), foram 63 casos de violência política, com 14 assassinatos."Em 2020, uma [pessoa era vítima de violência política] a cada 7 dias. Ao considerar o último pleito municipal de 2020, o ano de 2024 também se revela mais violento. O período pré-eleitoral (janeiro a 26 de setembro) de 2020 registrou 63 casos de violência política, entre eles 14 assassinatos, 15 atentados e 10 ameaças. Já entre janeiro e 15 de agosto deste ano ocorreram 14 assassinatos, 24 atentados e 67 ameaças, totalizando 105 ocorrências. Com isso, a variação de casos de violência política para estes tipos de violência (assassinato, atentado e ameaças) entre os dois pleitos municipais é de quase 170%, e considerando o conjunto das violências a variação foi de 130%", diz a pesquisa.Segundo o levantamento, até o dia 15 de agosto foi registrado um caso de violência política no Brasil a cada um dia e meio. Nas eleições presidenciais de 2018, uma pessoa era vítima de violência política a cada 8 dias. Em 2020, uma a cada 7 dias.De acordo com o estudo, as ameaças são a forma mais recorrente de violência, com 153 casos mapeados, seguidas de atentados (41) e ofensas (38).No recorte por regiões, o Sudeste aparece em primeiro, com 38,1% dos casos. Em segundo lugar ficou o Nordeste (29,8%), seguido do Centro-Oeste (15%). O estado de São Paulo teve o maior número registrado de casos, totalizando 53, seguido de Rio de Janeiro (32) e Bahia e Minas Gerais (ambos com 25 ocorrências).As mulheres, mesmo sub-representadas em cargos eletivos, foram alvos de 46% das ocorrências de violência política no período analisado. As violências mais frequentes foram ameaças (73 ocorrências) e ofensas (34 casos). Também foram constatados 15 casos de ameaça de estupro a parlamentares mulheres.Já no recorte racial, o estudo mostra que população branca responde por mais da metade (52%) dos casos de violência política no período observado. Os homens brancos foram alvos de 84 casos de violência (28%), e mulheres brancas foram vítimas 71 vezes (23,7%).Em 23,7% dos casos de violência política foram os homens negros as vítimas (71 ocorrências). Mulheres negras cisgênero e transexuais foram alvos de 63 casos, 21% do total. "Considerando a baixa representação de mulheres negras em cargos eletivos, o alto número de ocorrências contra elas é visto com preocupação pelas organizações", pontua a Terra de Direitos.
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Casos de violência política saltam 130% nas eleições municipais de 2024
18:42 03.10.2024 (atualizado: 19:33 03.10.2024) Pesquisa aponta que foram 299 casos de violência registrados no período pré-eleitoral, número acima dos 63 registrados em 2020. Na quarta-feira (2), um candidato bolsonarista atropelou e arrastou um apoiador do PT que participava de um ato em Sergipe.
O candidato a vereador bolsonarista Flávio da Direita Sergipana (PL-SE) invadiu uma carreata do PT em Aracaju em apoio à candidata à prefeita da cidade Candisse Carvalho (PT), atropelou e arrastou por cerca de 2 quilômetros um dos participantes do ato.
O caso ocorreu no Conjunto Augusto Franco, na Zona Sul de Aracaju, durante a carreata "
Aracaju na Medida Certa". Segundo o boletim de ocorrência, Flávio dirigia um carro adesivado com a
imagem de Jair Bolsonaro quando invadiu a carreata, imprensou a vítima, identificada como Charles, contra outro veículo e a arrastou sobre o capô.
As imagens foram gravadas pelo celular da vítima e divulgadas nas redes sociais, ganhando ampla repercussão. No vídeo, a vítima avisa que sua perna foi quebrada e implora para que Flávio pare o veículo, sem ser atendido.
Após o ato truculento, Flávio postou um vídeo nas redes sociais no qual afirmou ter sido a vítima, afirmando que o participante do ato havia subido em seu capô, contrariando as imagens divulgadas. Ele também alegou que os participantes do ato estavam "possivelmente armados".
O PT emitiu uma nota de repúdio ao ato, e o senador Rogério Carvalho (PT-SE) cobrou uma investigação transparente por autoridades do estado. Ele afirma que o episódio configura uma tentativa de homicídio.
"Esse episódio inaceitável, que poderia ter resultado em consequências ainda mais trágicas, como a morte de um de nossos valorosos companheiros, foi de uma brutalidade sem precedentes. Um crime absurdo que deve ser investigado com a urgência necessária", afirmou o senador.
O episódio vem à tona no mesmo dia que a organização Terra de Direitos divulgou uma
pesquisa que apontou que a violência política em campanhas cresceu 130% nas eleições deste ano em relação ao último pleito, de 2020.
Os dados apontam que foram 299 casos de violência política entre 1º de novembro de 2022 e 15 de agosto de 2024 — 145 casos somente este ano, com 14 assassinatos. No período pré-eleitoral de 2020 (entre janeiro e 26 de setembro), foram 63 casos de violência política, com 14 assassinatos.
"Em 2020, uma [pessoa era vítima de violência política] a cada 7 dias. Ao considerar o último pleito municipal de 2020, o ano de 2024 também se revela mais violento. O período pré-eleitoral (janeiro a 26 de setembro) de 2020 registrou 63 casos de violência política, entre eles 14 assassinatos, 15 atentados e 10 ameaças. Já entre janeiro e 15 de agosto deste ano ocorreram 14 assassinatos, 24 atentados e 67 ameaças, totalizando 105 ocorrências. Com isso, a variação de casos de violência política para estes tipos de violência (assassinato, atentado e ameaças) entre os dois pleitos municipais é de quase 170%, e considerando o conjunto das violências a variação foi de 130%", diz a pesquisa.
Segundo o levantamento,
até o dia 15 de agosto foi registrado um caso de violência política no Brasil a cada um dia e meio.
Nas eleições presidenciais de 2018, uma pessoa era vítima de violência política a cada 8 dias. Em 2020, uma a cada 7 dias.
De acordo com o estudo, as ameaças são a
forma mais recorrente de violência, com 153 casos mapeados, seguidas de atentados (41) e ofensas (38).
No recorte por regiões,
o Sudeste aparece em primeiro, com 38,1% dos casos. Em segundo lugar ficou o Nordeste (29,8%), seguido do Centro-Oeste (15%). O estado de São Paulo teve o maior número registrado de casos, totalizando 53, seguido de Rio de Janeiro (32) e Bahia e Minas Gerais (ambos com 25 ocorrências).
As mulheres, mesmo sub-representadas em
cargos eletivos,
foram alvos de 46% das ocorrências de violência política no período analisado. As violências mais frequentes foram ameaças (73 ocorrências) e ofensas (34 casos). Também foram constatados 15 casos de ameaça de estupro a parlamentares mulheres.
Já no recorte racial, o estudo mostra que população branca responde por mais da metade (52%) dos casos de violência política no período observado. Os homens brancos foram alvos de 84 casos de violência (28%), e mulheres brancas foram vítimas 71 vezes (23,7%).
Em 23,7% dos casos de violência política foram os homens negros as vítimas (71 ocorrências).
Mulheres negras cisgênero e transexuais foram alvos de 63 casos, 21% do total. "Considerando a baixa representação de
mulheres negras em cargos eletivos, o alto número de ocorrências contra elas é visto com preocupação pelas organizações", pontua a Terra de Direitos.
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