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Rebeldes do M23 entram em Bukavu, no leste da RDC, após tomarem o aeroporto internacional

© AP Photo / Moses SawasawaSoldados do governo e policiais, à direita, que se renderam aos rebeldes do M23, à esquerda, embarcam em caminhões para um local não revelado em Goma, República Democrática do Congo, 30 de janeiro de 2025
Soldados do governo e policiais, à direita, que se renderam aos rebeldes do M23, à esquerda, embarcam em caminhões para um local não revelado em Goma, República Democrática do Congo, 30 de janeiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 15.02.2025
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Os rebeldes do M23, que têm avançado para o sul desde a captura de Goma no final do mês passado, continuam a expandir seu controle territorial. A tomada de Bukavu, capital da província de Kivu do Sul, seria um grande ganho estratégico para o grupo e enfraqueceria ainda mais a autoridade do governo central na região.
Rebeldes do M23 entraram em Bukavu, a segunda maior cidade no leste da República Democrática do Congo (RDC), disse Corneille Nangaa, líder da Aliança do Rio Congo, que reúne diversos grupos rebeldes incluindo o Movimento 23 de Março (M23). A ofensiva vem após um breve cessar-fogo unilateral por parte da aliança.
Mais cedo naquele dia, o exército congolês reconheceu que os combatentes do M23 haviam tomado o controle do aeroporto internacional de Kavumu, localizado ao norte de Bukavu, e confirmou que as tropas do governo haviam se retirado com seus equipamentos.
Capacete azul da Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (Monusco, na sigla em francês) posicionado perto de Kibumba, ao norte de Goma, na República Democrática do Congo, em 28 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 05.02.2025
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O porta-voz do exército congolês Sylvain Ekenge teria declarado que as tropas haviam recuado após a perda do aeroporto, embora ele não tenha divulgado sua nova posição. Testemunhas relataram ter visto soldados congoleses e burundineses se retirando de Saio, o principal acampamento militar de Bukavu, no início do dia, de acordo com relatos da mídia.
Em resposta à deterioração da situação de segurança, o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, desistiu de ir à próxima cúpula da União Africana na Etiópia para se concentrar na crise, disse uma fonte do governo a uma agência de notícias ocidental.
Tshisekedi acusou diretamente a vizinha Ruanda de abrigar ambições expansionistas e a culpou por alimentar o conflito no leste da RDC.
A crescente instabilidade também provocou respostas regionais. Burundi teria fechado sua fronteira com a RDC devido a um fluxo de refugiados fugindo da violência, enquanto militares burundineses continuam a apoiar as forças congolesas em sua luta contra os rebeldes.
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu contenção, instando todas as partes a respeitarem a integridade territorial da RDC para evitar que o conflito se transforme em uma guerra regional mais ampla.
Falando sobre esforços diplomáticos, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, enfatizou que soluções militares por si só não podem resolver a crise e pediu adesão estrita ao acordo de cessar-fogo estabelecido em agosto de 2024 entre as forças congolesas e o M23 em Kivu do Norte. Embora nenhum dos lados tenha se retirado oficialmente do acordo, os combates continuaram.
Ações legais também estão em andamento no Tribunal Africano de Direitos Humanos e dos Povos, onde a RDC entrou com uma ação judicial contra Ruanda. Kinshasa acusa Kigali de violações de direitos humanos, violações de fronteira e assassinatos em massa em Kivu do Norte desde 2022. Esta é a primeira vez que o tribunal está lidando com um caso em que um estado está processando outro.
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