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PF instaura inquérito para investigar crime organizado no Rio de Janeiro

© Tomaz Silva/Agência BrasilDezenas de corpos são trazidos por moradores para a praça São Lucas, na Penha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, como resultado da operação Contenção, em 29 de outubro de 2025
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a praça São Lucas, na Penha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, como resultado da operação Contenção, em 29 de outubro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 06.11.2025
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, confirmou nesta quinta-feira (6) que a PF já instaurou um inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O anúncio da abertura da investigação foi feito na quarta-feira (5) pelo ministro Alexandre de Moraes.

"Já instauramos inquérito policial nos termos da decisão, e agora, a partir da decisão do relator, já estamos produzindo conhecimento", afirmou Rodrigues em entrevista à rádio CBN. "Vamos instaurar esse e tantos inquéritos quanto for necessário, para que a gente cumpra a decisão e o nosso papel lá na segurança pública do Rio de Janeiro."

De acordo com a decisão da Corte, a apuração será dividida em duas frentes principais: esquemas de lavagem de dinheiro ligados a facções criminosas e milícias; e infiltração de organizações criminosas no poder público.
Uma apuração preliminar já estava em andamento desde agosto, segundo Rodrigues, e deve embasar a nova investigação.
Moradores protestam contra execuções durante a Operação Contenção na comunidade da Vila da Penha, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2025
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Governo Castro garante ao STF que megaoperação no Rio cumpriu os 'princípios constitucionais'
Na segunda-feira (3), Moraes esteve no Rio e se reuniu com diferentes autoridades, incluindo o governador fluminense, Cláudio Castro (PL), para tratar da megaoperação da semana passada nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com mais de 120 mortos e foi a mais letal operação policial registrada no país.
Durante o encontro, Castro garantiu que a ação das polícias Civil e Militar cumpriu os princípios e regras determinadas pela Constituição Federal.
Ao todo, 121 pessoas foram mortas, incluindo quatro agentes de segurança. Dos 117 mortos pela polícia, 115 foram identificados, sendo 54% não naturais do estado fluminense, conforme a Polícia Civil.
Moraes é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que estabeleceu ao governo fluminense parâmetros para garantir a segurança dos moradores e reduzir o número de mortes tanto de civis como de agentes de segurança.
Em abril, o plenário do STF concluiu o julgamento da ADPF e determinou a abertura de um inquérito pela PF, para "investigar indícios concretos de crimes com repercussão interestadual e internacional".
A investigação preliminar foi relatada inicialmente por Edson Fachin, que era o responsável pela ADPF das Favelas. Quando Fachin assumiu a presidência do STF, no fim de setembro, seus processos foram repassados para Luís Roberto Barroso, que deixou o posto. Moraes então assumiu, de forma provisória, o caso.
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