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EUA não podem lidar com uma China cada vez mais forte, avalia mídia

© AP Photo / Susan WalshO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimenta seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante encontro no Japão, em junho de 2019
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimenta seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante encontro no Japão, em junho de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2025
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Os Estados Unidos deveriam abandonar a política de tentar derrotar a China, ao serem incapazes de fazê-lo devido à superioridade de Pequim em quase todos os domínios, opina um artigo da plataforma de notícias Bloomberg.
Segundo a análise, o maior rival dos EUA está se tornando cada vez mais poderoso e supera os norte-americanos em diversas áreas, desde o comércio internacional até a produção de armamentos.
A publicação destaca a estabilidade da política externa chinesa e sublinha que os EUA precisam reconsiderar sua abordagem em relação ao gigante asiático.

"Em comparação com o caos da política dos EUA, a relativa estabilidade da China [...] não parece tão ruim. [...] Parece que os americanos estão redefinindo o lugar da China no mundo. Já não era sem tempo, porque torcer pelo seu fim não iria funcionar", declara a publicação.

O autor do artigo aponta que os tarifaços de 145% impostos pela Casa Branca sobre todos os produtos chineses não resultaram no efeito desejado, e que, no final, os EUA tiveram que voltar às tarifas de 10%, mantendo o status quo.
"A China não apenas descartou os golpes de Donald Trump, mas também mostrou seus pontos fortes com mais clareza", diz o texto.
Citando especialistas, a Bloomberg escreve que a China não está mais apenas crescendo rapidamente, mas é um sistema que demonstra um modelo de desenvolvimento completamente diferente.

"Aqueles que esperam ver a China humilhada devem aceitar o fato de que ela continua sendo um concorrente formidável e está determinada a expandir suas vantagens já substanciais, inclusive em setores promissores como veículos elétricos, energia limpa e robótica", afirma a publicação.

E a lista de setores de superioridade da China não se limita a essas indústrias. Além disso, o país continua dominando as cadeias de suprimento de terras raras, necessárias para a fabricação de ímãs poderosos, a coloração das telas de celulares e o reforço do sinal digital, entre milhares de outras aplicações.
Segundo o texto, as restrições à exportação de terras raras impostas por Pequim põem em xeque uma série de indústrias dos EUA.
"As restrições de Pequim à exportação de minerais ameaçam uma série de indústrias dos EUA, incluindo veículos elétricos, satélites, aviação e eletrônicos de consumo", diz o texto.
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Mais do que isso, os EUA dependem da China para o fornecimento de ingredientes de quase 700 medicamentos. Essa dependência é tão sensível para Washington que os negociadores chineses nem sequer a levantaram nas recentes negociações comerciais.
O confronto entre China e EUA na esfera de produção de chips também não beneficia Washington. Os EUA proíbem a Nvidia de vender seus chips de primeira linha, conhecidos como Blackwell, para a China.
A China, por sua vez, proibiu a exportação dos chips da empresa chinesa Nexperia, o que levou a uma desaceleração na produção de montadoras, incluindo as japonesas Honda e Nissan.
O resultado é mais favorável para o país asiático. De acordo com a opinião do co-diretor do Centro de Economia e Instituições da China de Stanford, Hongbing Li, cuja opinião foi publicada no artigo, Pequim ganhou muito mais.

"Nós [norte-americanos] podemos viver sem medicamentos e sem as terras raras? Não", diz ele. "Os chineses podem sobreviver sem os chips da Nvidia? Sim, podem", afirmou o observador.

Em relação à área da defesa, a China supera as Forças Armadas dos EUA em indicadores quantitativos, modernizando também sua frota marítima, tanto de navios de guerra como de submarinos. Em particular, o texto menciona o recente lançamento do porta-aviões chinês equipado com catapultas eletromagnéticas, o Fujian.
"No ano passado, um estaleiro chinês produziu mais navios do que os EUA desde a Segunda Guerra Mundial", destaca a publicação.
De acordo com diferentes estudos, nos últimos anos, a China superou os Estados Unidos não apenas no comércio mundial, mas também no desenvolvimento de indústrias de alta tecnologia, tecnologias de energia limpa e gestão ambiental cuidadosa.
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