Sánchez deu a declaração durante participação no Fórum Econômico Mundial, realizado entre o dia 16 e sexta-feira (20) na cidade suíça de Davos.
"O autocrata russo não está sozinho em sua aspiração reacionária de fraturar o mundo e voltar no tempo. [Putin] tem muitos aliados na Europa que agora escondem suas simpatias e laços com Putin, mas alguns anos atrás eles o visitaram e elogiaram suas políticas. Devemos impedir que essas forças políticas acessem as instituições e destruam a UE de dentro", disse o mandatário em Davos.
O primeiro-ministro espanhol insinuou que em alguns países "estas forças de extrema-direita" contam com o apoio dos principais partidos conservadores, que por sua vez "abrem as portas de acesso aos governos".
Sánchez apelou ao combate dessas forças — classificadas por ele de "sementes podres" lançadas por Putin — com "armas" como "democracia, transparência e políticas eficazes".
O espanhol ainda prometeu ajudar a Ucrânia pelo tempo que for necessário.
Sanções da União Europeia contra a Rússia
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão de sanções sobre Moscou. A UE já colocou em vigor nove pacotes de sanções; o último foi aprovado em 16 de dezembro.
Tudo isso conduziu, em primeiro lugar, a um aumento nos preços da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos nos próprios países europeus. Como enfatizou o presidente russo, a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo para o Ocidente, mas as sanções foram um duro golpe em toda a economia global.
Segundo Putin, o principal objetivo dos Estados Unidos e seus aliados é piorar a vida de milhões de pessoas. No entanto, de acordo com o chefe de Estado, a estratégia não conseguiu minar a estabilidade financeira da Rússia e a própria Europa chegou a um beco sem saída.