A Ucrânia espera acolher o maior número possível de países na cúpula que acontecerá entre os dias 15 e 16 de junho na Suíça, em uma tentativa de unir opiniões para aumentar a pressão sobre a Rússia.
"Sei que os EUA apoiam a cúpula, mas não sabemos a que nível [...] [a] cúpula de paz precisa do presidente Biden e também dos outros líderes que olham para a reação dos Estados Unidos. [Vladimir] Putin apenas aplaudirá a sua ausência, pessoalmente – e de pé, ainda por cima", afirmou Vladimir Zelensky em uma conferência de imprensa em Bruxelas com o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, segundo a Reuters.
Washington sinalizou apoio, mas não disse se Biden comparecerá. De acordo com a Bloomberg, Biden provavelmente não vai porque o evento ucraniano entra em conflito com uma campanha de arrecadação de fundos para sua eleição na Califórnia, evento que ele participará ao lado de George Clooney, Julia Roberts e outras estrelas de Hollywood.
No domingo (26), Zelensky instou tanto Biden quanto o presidente chinês, Xi Jinping, a participarem da cúpula.
Países do Sul Global, como o Brasil, África do Sul e a própria China demonstraram resistência ao evento e insistem que uma cúpula para paz no conflito tem que envolver os dois lados, e não só o ucraniano.
A Rússia não foi convidada e ao mesmo tempo disse que não vê sentido na conferência. Moscou já declarou não ser contra as negociações pela paz, mas mesmo que fosse convidada não participaria porque não considera Berna um ator neutro, uma vez que o país se uniu ao esforço unilateral ocidental nas sanções contra o Estado russo, descredibilizando seu papel como mediador do conflito.