Na última sexta-feira (31), o porta-voz do governo federal alemão, Steffen Hebestreit, disse que Berlim e o resto do Ocidente concordaram que Kiev poderia usar armas ocidentais para repelir ataques na região da Carcóvia.
"É bem possível que sistemas Patriot agora também sejam usados na região da Carcóvia e sobre a Rússia. Eles podem ser aplicados dentro do direito internacional. Temos grande confiança de que os ucranianos vão cumprir com isso," disse Freuding à emissora alemã ARD.
Apesar disso, Freuding enfatizou que o uso é de responsabilidade exclusiva dos militares ucranianos. No fim da última semana, Moscou declarou que as tentativas de atacar a Rússia com armas ocidentais já estão sendo feitas, o que sinaliza o forte envolvimento do Ocidente no conflito, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou à Sputnik em um comunicado que o presidente Joe Biden deu luz verde para ataques ucranianos usando armas fornecidas pelos norte-americanos na Carcóvia, e autorizou o uso de mísseis de longo alcance, incluindo ATACMS, dentro da Rússia.
Sobre essa decisão de Biden, Peskov disse a repórteres que "não sabemos nada sobre esta decisão em particular", no entanto, acrescentou que Moscou está ciente que "em geral, já estão sendo feitas tentativas de atacar o território russo com armas fabricadas nos EUA. Isso é suficiente para nós, e isso demonstra mais do que eloquentemente o grau de envolvimento dos Estados Unidos nesse conflito", acrescentou.
Peskov sinalizou ontem (30) que, nas últimas semanas, países-membros da OTAN e seus aliados "embarcaram em uma nova ronda de escalada" com a Rússia, alertando que tal ação "terá inevitavelmente consequências" e "será muito prejudicial para os interesses dos países".
O presidente Vladimir Putin, da Rússia, alertou novamente sobre o risco de guerra nuclear depois que vários aliados suspenderam as restrições impostas ao uso de armas doadas a Kiev.
Formação ruim de recrutas no Exército
Em meio ao avanço russo, oficiais ucranianos se queixam da qualidade da formação dos novos recrutas nos centros de treinamento das Forças Armadas da Ucrânia, informou o jornal norte-americano "The Washington Post".
"Os comandantes ucranianos há muito tempo reclamam da má formação dos novos recrutas nos centros de treinamento [...]; Venham de onde vierem os novos soldados, os comandantes de campo ucranianos dizem que, devido à formação insuficiente, muitas vezes precisam dedicar semanas para ensiná-los habilidades básicas, como tiro", aponta a nota.