"A imposição de novas medidas unilaterais dos Estados Unidos a meios de comunicação russos evidencia a hipocrisia de um governo que se posiciona como o maior defensor e promotor da liberdade de imprensa. Não se pode censurar a verdade", escreveu o ministro nas redes sociais nesta segunda-feira (16).
O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou em 4 de setembro sanções contra Margarita Simonyan, editora-chefe do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte, além dos vice-presidentes Anton Anisimov e Yelizaveta Brodskaya. Também foram incluídos na lista o chefe da RT, Andrei Kiyashko, o responsável pelo departamento de projetos de mídia digital Konstantin Kalashnikov e vários outros funcionários do canal.
A pasta norte-americana endureceu as condições de operação do grupo de mídia e de suas subsidiárias, classificando-os como "missões estrangeiras".
As autoridades norte-americanas também anunciaram uma nova política que restringe a emissão de vistos para pessoas que alegadamente atuam em nome de meios de comunicação "apoiados pelo Kremlin". No entanto, o Departamento de Estado se recusou a revelar quem exatamente seria afetado pelas restrições.
As sanções não são direcionadas a jornalistas russos individuais, mas sim a funcionários das organizações sujeitas às restrições que estariam "envolvidos em atividades ilegais".
Além disso, as autoridades dos EUA apresentaram acusações contra Kalashnikov e a funcionária da RT Elena Afanasyeva por conluio com o objetivo de lavagem de dinheiro e violação da lei sobre o registro de agentes estrangeiros.