O motivo, segundo o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, é a falta de mais informações sobre a representação e o cálculo atualizado das multas que a X deve à União por descumprir a lei.
Ontem (20), a empresa indicou a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova como representante legal no Brasil, que já ocupava o posto antes da empresa anunciar seu fechamento no Brasil.
Os documentos faltantes devem ser enviados pelo X ao STF no prazo de cinco dias. Também deve ser enviado a situação legal da X no Brasil à Anatel e à Polícia Federal sobre acessos irregulares à plataforma para calcular o valor total da última multa determinada por Moraes, na quinta (19), de R$ 5 milhões por dia.
A lei brasileira exige que empresas estrangeiras nomeiem um representante legal para operar em seu território. O representante assumiria as responsabilidades legais da empresa localmente. O X tinha até as 21h29 de ontem (20) para indicar uma pessoa. por ficar disponível para usuários brasileiros no dia anterior.
Para a plataforma voltar ao ar, será necessária uma nova decisão do Supremo nesse sentido. Isso só deve acontecer no início da próxima semana.
Ao longo da semana, a rede social articulou dois movimentos distintos em relação ao Brasil: tentou burlar o bloqueio do site ao migrar seus servidores para um novo IP – o que permitiu temporariamente a usuários entrarem em suas contas – e ao mesmo tempo, sinalizou, com a indicação da representante legal, que passaria a cumprir as ordens do STF.