"Há um interesse do Ocidente, particularmente da América do Norte, em intervir e prolongar um conflito, no qual encontram importantes interesses geopolíticos para defender as suas economias de guerra e a sua posição no tabuleiro internacional. Se não fosse por isso, não haveria razão para existir o apoio que a OTAN presta a um país que não é membro", disse Kanety.
Nesse sentido, Kanety considerou como um "discurso de dois pesos e duas medidas" o fato de Washington "lutar pela paz, pela democracia e pela soberania dos países", enquanto, na prática, intervém a favor da Ucrânia e lhe fornece apoio militar. "É o país mais beligerante do mundo, aquele que tem mais armas e que mais participa nos conflitos armados", sublinhou ela.
'Os EUA procuram provocar a Rússia'
"Isso agrava a situação de conflito e evidência a participação dos países ocidentais. É provável que os governos destes países minimizem as notícias e tentem eliminá-las dos seus meios de comunicação, e os fóruns e organizações internacionais vão se desconectar [delas]", estimou o internacionalista.
"A estratégia seguida pelo Ocidente, particularmente pelos Estados Unidos, é aumentar os riscos na medida em que no conflito também se veja mais claramente que a Ucrânia está perdendo [...] e ver até que ponto o governo russo está disposto a responder", disse Estevez.
Mercenários estrangeiros 'escapam de todo o controle'
"Essas tropas mercenárias escapam de todo controle jurisdicional e de todos os códigos militares do país ao qual supostamente pertencem. Além disso, se essas tropas forem eliminadas, os países envolvidos não terão que arcar com o problema social causado pelas críticas ao número de vítimas", apontou Pereyra Mele.
"Nos EUA, há muitos soldados desempregados que operaram no Irã, na Líbia, etc., e por um salário dedicam-se a cometer ultrajes em outros países porque essas tropas não são governadas por qualquer lei internacional de guerra", concluiu.